quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Burnt Ones "Black Teeth & Golden Tongues" (2010)

Estréia desta banda de San Francisco formada por Mark Tester, Amy Crouch e Brian Allen, chamada Burnt Ones. A banda expõe sua arte em doses desenfreadas de psicodelia, glam-pop, garage-rock e lo-fi em uma espécie de fusão entre The Beach Boys, Jesus And Mary Chain e T-Rex, o que sem dúvida alguma já lhes rende ao menos uma grande curiosidade sobre seu trabalho. Além deste debut, intitulado "Black Teeth And Golden Tongues", lançado este ano pela gravadora Roaring Colonel Records a banda também lançou um 7-inch chamado "All Night Long", que a própria banda disponibilizou gratuitamente em seu site, e que você poderá encontrar aqui para download. Electric Psych Bubblegum Sleaze, como Mark define a sonoridade da banda, de altíssima qualidade pra ninguém botar defeito. Nota 10!!!


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mazzy Star "She Hangs Brightly" (1990), "So Tonight That I Might See" (1993) e "Among My Swan" (1996)"

"She Hangs Brightly" (1990)
She Hangs Brightly by Mazzy Star


"So Tonight That I Might See" (1993)


"Among My Swan" (1996)


O Mazzy Star foi formado em 1989 em Los Angeles, Califórnia após o término da banda Opal, resultando na união do guitarrista David Roback (ex-Rain Parede), da baixista Kendra Smith (ex-Dream Syndicate), e algum tempo depois da vocalista Hope Sandoval. Alguns outros membros também tiveram participação no Mazzy Star, entre eles Jill Emery, Keith Mitchell, Suki Ewer e Will Glenn, apesar do núcleo criativo da banda estar sempre centrado em Roback e Sandoval. Sem dúvida alguma, a voz de Sandoval foi e continua sendo uma das mais aclamadas vozes femininas da década de 90, com seus vocais arrastados e belos aliados aos instrumentais lacônicos de Roback tornaram o Mazzy Star uma das bandas mais aclamadas do alt-rock americano dos anos 90, atingindo seu ápice com o lançamento de seu segundo disco, "So Tonight That I Might See" de 1993, obra esta que contém o maior hit do grupo, "Fade Into You", o carro chefe que alçou seu nome sob os holofotes da mídia mundial. Em todos os três discos que trago até vocês são notáveis a simplicidade sonora em climas sempre lentos e soturnos, regidos pelas sonoridades propostas por Roback, uma fusão de folk, psych-rock, dreamp-pop e leves pitadas de shoegaze que juntamente a voz hipnótica de Sandoval fazem destas três pérolas, artigos obrigatórios a qualquer boa coleção de grandes discos!




domingo, 31 de outubro de 2010

Pacific UV "Self Titled" (2002) e "Longplay 2" (2008)

"Self Titled" (2002)

"Longplay 2" (2008)

Banda formada em Athens, Georgia, em 1998 mas que reside atualmente em Portland, Oregon. Seus membros fundadores são Howard Hudson, Clay Jordan e Lucas Jensen, no entanto apenas Clay Jordan, da formação inicial segue na banda, aliado a Jesse Robert W. (também da banda Glowworm). A sonoridade do Pacific UV é um passeio intimista e flutuante pelo Dream-Pop, Post-Rock, Shoegaze e Space-Rock com influências e semelhanças de bandas como Sigur Rós, Spaceman 3, Mazzy Star, Auburn Lull, Slowdive entre outras. Os dois discos são ambos puro deleite em noisescapes equilibrados entre ruídos leves e canções melodiosas, obras-primas de uma leveza encantadora em longas canções arrastadas e reflexivas. Deixo-lhes então com os dois trablahos do Pacific UV, e toda sua temática interstelar atmosférica de pura beleza etérea. Boa audição.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ethereal K "Ethereal Killers" (2010)

Photo

1 Ride (The Last Wave)
2 Kinder
3 45 Revolutions
4 Up There
5 The Hand
6 Rose Garden
7 Z (Interlude)
8 Shade
9 Ad Finitum
10 Medicate/Levitate
11 Empty Rooms
12 Ethereal K (VG4U)


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Soviet Soviet "Self Titled EP" (2009)

Mergulhando de cabeça neste revival fantástico post-punk e new-wave que assola os quatro cantos do planeta, trago até vocês o primeiro EP deste comboio italiano chamado Soviet Soviet, banda esta formada em Pesaro, Itália no ano de 2008 por Alessandro Constantini (guitarra, vocais), Andrea Giometti (baixo, vocais) e Alessandro Ferri (bateria). Doses agressivas de Joy Division, The Cure, New Order e Echo And The Bunnymen são estilhaçadas ao longo destas quatro faixas de urgência pura e vicío instantâneo que recheiam esta obra, sempre em nervosismo desenfreado e urgência constante. "First Man, Then Machine", "Marksman", "Restless" e "Royal Casino" são petardos altamente explosivos, canções arrebatadoras em estado bruto para ouvir no carro a 180 Km/h como em recente conversa relatou o brother Renato Mailizia, dono do grandioso The Blog That Celebrates Itself, para quem aliás esta postagem vai em homenagem. Super recomendado!!!


The Pastels "Studio Albuns"

"Up For A Bit With The Pastels" (1987)


"Sittin' Pretty" (1989)


"Mobile Safari" (1995)


"Illumination" (1997)
Image: illumination


"Two Sunsets (with Tenniscoats)" (2009)
Pastels/Tenniscoats - Two Sunsets


Surgidos em 1982, em Glasgow, na Escócia, berço de algumas das bandas mais geniais e criativas da história da música mundial, o The Pastels apesar do estrondo moderado na mídia e crítica foi um dos mais importantes pilares e uma das bandas mais inovadoras da cena musical escocesa criada nos anos 80. Sua base passou por diversos line-ups diferentes mas o mais conhecido gira em torno de Stephen Pastel (guitarra, vocais), Katrina Mitchell (bateria, vocais) e Annabel Wright (baixo, vocais). O The Pastels é um dos responsáveis pelo movimento indie-rock conhecido como "Shambling", "Anorak Pop", "C86" e "Twee Pop", caracterizado por melodias simples e contagiantes onde o primitivismo musical melancólico e uma certa ingenuidade intencional são a verve de seus trabalhos. Stephen, além de figura central do The Pastels e figura extremamente cultuada nos meios alternativos é também fundador da lendária e extinta 53rd and 3rd Records, gravadora esta que ajudou a alavancar as carreiras dos conterrâneos, The Vaselines, BMX Bandits, Shop Assistants, Soup Dragons, Teenage Fanclub. The Pastels também é altamente reverenciado por grandes bandas como Sonic Youth e Nirvana e inspiraram fortemente a banda inglesa, Talulah Gosh. Fiquem então com estas cinco obras explêndidas envoltas em melodias doces, barulho, vocais desafinados e uma beleza ingênua proposital encantadora. Essencial!!!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Lautmusik "Black Clouds With Silver Linings EP" (2007) e "A Week Of Mondays EP" (2008)

"Black Clouds With Silver Linings" (2007)

01 Head Down
02 Eargerness Is A Distorting Mirror
03 Self-Deserter
04 Restless
05 Sunny Skies
06 Pandora

"A Week Of Mondays EP" (2008)

01 Bury My Heart In A Warsaw
02 Invisible Shield
03 Zeitgeist
04 Jigsaw

E a capital gaúcha, Porto Alegre retorna as nossas postagens assegurando seu posto de um dos mais diversificados, caóticos e brilhantes berços de bandas geniais desta última década. Desta vez, o nome que vem representar a cidade, que em minha opinião melhor representa a clássica vertente post-punk em parâmetros nacionais, é a Lautmusik ("música alta" em alemão), banda formada no outono de 2006 por Alessandra L. (vocais, letras), Cássio JD (guitarra), Murillo Biff (guitarra), Marina J. (baixo) e Rodrigo Prati (bateria) e que magistralmente transpira toda a densidade atmosférica de grupos ingleses 80's como Joy Division, Bauhaus e The Cure aliando sua sonoridade aos climas tensos, carregados e as landscapes flutuantes do shoegaze e guitar-rock dos anos 90. Uma profusão sonora paradisíaca, urgente e soturna ronda esses dois EPs da banda, que investe na alternância entre camadas ruidosas de guitarras, na languidez e precisão dos vocais inebriantes e seguros de Alessandra e na precisão certeira do baixo e bateria que ritmizam toda a beleza desesperada e urgente da Lautmusik. "Black Clouds With Silver Linings" e "A Week Of Mondays" enfatizam toda a tensão oitentista, orbitando diretamente no âmago da cena post-punk como núcleo de inspiração e criação de suas pungentes canções, aliadas ao brilho próprio da banda que nitidamente exerce uma espécie de mágica deseperadora sobre estes dois trabalhos monumentais. Aconselhadíssimo ao extremo!!!
Lautmusik: Trama VirtualMyspace e Facebook

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

The Domino State "Uneasy Lies The Crown" (2010)

Debut desta banda Inglesa que de forma embriagante e genial mescla pitadas de shoegaze, post-punk, alt-rock e indie-rock a esta estréia que foi tão aguardada após três anos desde a formação da banda. Os membros são: Matt Foder (Vocal), Tim Buckland (guitarra), Jim Machin (guitarra), Will Padley (baixo) e Rich Smith (bateria), responsáveis por esta maravilha cheias de referências 80-90 somadas a sua própria identidade musical que vem lhes rendendo críticas super favoráveis, tais como um dos discos mais bacanas deste ano que vem chegando ao seu final. Treze canções para puro deleite em melodias ousadas e inebriantes mescladas ao wall of sound que emerge unanimamente na atual cena shoegaze, esta que vem rondando os quatro cantos do mundo e influenciando dezenas de bandas maravilhosas. Certamente mais uma ótima surpresa para nos brindar neste final de década. Excepcional e belíssimo trabalho.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

The Nova Saints "The Draft EP" (2007)

Banda formada em Bristol, Inglaterra no ano de 2006 por Steve Waterhouse, Dom Gallagher, John Banks, Matt Goddard e Tom Chillcott. A primeira encarnação da banda surgiria em 2003 na cidade de Hereford, sob o nome de Spencer, nome este que viria a ser trocado por The Nova Saints após 2006. "The Draft EP" foi o primeiro trabalho lançado pela banda, que atualmente trabalha na confecção de seu debut, programado para sair em abril de 2011. Sua sonoridade passeia magnificamente pela acidez psicodélica 60's, pelo shoegaze clássico do My Bloody Valentine, pelo wall of sound do The Verve durante seu álbum de estréia "A Storm In Heaven" e por influências geniais de nomes como Ride, The Byrds, Sonic Youth, Neu! e Big Star, unindo as melodias pop flutuantes a guitarras estridentes e hipnóticas. "The Draft", "Slow Down", "High Roller" e "Far Out (Nick McCabe Remix)", quatro faixas que certamente servem para nos alertar do estrondo que será seu disco de estréia. Perfeito ao extremo!


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Big Troubles "Worry" (2010)

Lo-fi, shoegaze, psicodelia, noise-pop, fuzz em excessos em um verdadeiro ataque de desconstrução sonora da forma mais explêndida possível, é isto que Ian, Alex, Luka e Sam nos remetem com este debut de urgência e mágica incrível. Misturando influências de gente como My Bloody Valentine, Swirlies, Guided By Voices e Lilys neste verdadeiro caldeirão de canções de climas soturnos e guitarras super distorcidas ruidosas. Como as informações sobre a banda andam meio escassas deixo-lhes ao som de "Video Rock", "Modern Intimacy", "Bite Yr Tongue", "Slouch", "Georgia", "Freudian Slips", "Drastic and Difficult", "Creeper", "Desire For A Certain Thing To Happen", "Feel Nothing", "Boomerang", "Lord Compusure", "Opposites" e "Astrology Screen Savers", quatorze pedradas certeiras e altamente viciantes dignas de entrarem para qualquer lista de melhores álbuns do ano, e até mesmo da década!!! Recomendadíssimo.


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Wolf Parade "Expo 86" (2010)

Terceiro e aguardadíssimo disco desta super banda chamada Wolf Parade, que diretamente de Montreal, Canadá surge pela primeira vez ao S&E. Formada em abril de 2003 por Dan Boeckner, Spencer Krug, Arlen Thompson e Dante DeCaro e tendo como ex-integrante apenas Hadji Bakara, o Wolf Parade já havia conseguido um estrondo bastante grande junto a crítica com seu debut intitulado "Apologies To Queen Mary" de 2005, lançado pela Sub Pop, gravadora aliás que dispensa comentários, esta mesma que lançou seu segundo disco também super foda, "At Mount Zoomer", de 2008 e responsável pelo lançamento desta obra genial ao qual estou postando neste exato momento. "Expo 86" é um disco com urgência e pegadas associadas claramente ao revival post-punk que assolou esta última década de grandiosos lançamentos. Talvez a estranheza das canções tenha permanecido um pouco contida neste álbum, mas a genialidade permanece evidente ao longo de suas 11 faixas de belas composições. Um disco que certamente merece seu lugar ao topo nesta década onde a criatividade musical está acima de qualquer coisa. Super recomendado!!!


Raised By Robots "Disorganization Will Save Us All EP" (2009)

Apenas 5 canções neste EP desta banda vinda de San Francisco/Oakland, Califórnia mas com um eficácia impressionante. Experimentalismo indie super urgente é o que Cameron Spies, Weldon Hall, Mike Rieger e Tanner Pikop nos proporcionam misturando uma série de influências e similiaridades a sua bagagem: Tortoise, Tapes N Tapes, Sly, Radiohead, Grizzly Bear, The Flaming Lips, Pixies e mais uma porção de grandes nomes que juntamente ao brilho próprio deste quarteto desorientador nos deixa em puro espasmo musical. "Disorganization Will Save Us All", "Dinner Pill", "Murder Weapons", "True Romance" e "A New Horror", em seus pouco mais que 16 minutos são uma amostra mais que perfeita para sacar a potencialidade deste quarteto pouquíssimo conhecido mas que certamente aos poucos que tiveram a oportunidade de ouví-los, o vício tornou-se imediato e constante. Obrigatório do início ao fim!


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

My Wet Calvin "All Great Events" (2010)

Banda, na verdade um duo surgido em Atenas, Grécia durante os jogos olímpicos de Atenas 2004 e formado por Leon e Ar que ousaram a brilhante idéia de criar uma atmosfera lo-fi através de instrumentos analógicos, juntamente as influências de bandas como My Bloody Valentine, Notwist, Akrata, Nico, Beach Boys, Sonic Youth, Postal Service, criando experimentações magistrais e desconcertantes em meio a um clima introspectivo shoegazer, indie e eletro-pop super atmosférico proferido pela banda. "Gaze/Blindspot", "Part Two", "Bess McNeal", "Missed Flight", "Laps", "Grandchild", "Sweet And Sour", "Morning Tide", "Movements On The Surface", "Tangerine Girl", "The Light Will" e "Stay With Me" são 12 canções que de forma alguma poderiam ser deixadas de lado por tamanha beleza e delicadeza nelas contidas. Há certa semelhança com Yo La Tengo e Granddady também em sua sonoridade, o que notei algumas faixas depois do disco começar a rodar no player, o que torma ainda mais agradável sua execução. Belíssima obra. Nota 10 para mais uma estréia genial deste quase final de ano!!!




domingo, 26 de setembro de 2010

Love And Rockets "Express" (1986)

Logo após a saída de Peter Murphy da essencial banda Bauhaus, os restantes membros: Daniel Ash (guitarra, saxofone e vocais), David J. (baixo e vocais) e Kevin Haskins resolveram montar esta super banda chamada Love And Rockets no ano de 1984. Embora no Bauhaus, a sonoridade gótica e post-punk fosse o que predominava, aqui a obscuridade foi deixada um pouco de lado dando espaço a experimentações de outros estilos tais como psychedelic-rock, R&B, glam-rock e folk-rock, fazendo desta uma importante banda, super aclamada em pequena escala e grande influência para nomes que surgiriam depois. O Love And Rockets nunca foi motivo de alvoroço na mídia, mantendo apenas pequenos grupos de fãs, porém fiéis, sendo estes poucos admiradores os responsáveis por transformá-los em uma verdadeira banda cult, permanecendo no underground até os dias de hoje. O nome da banda foi retirado de uma história em quadrinhos também underground criada por Jaime Gilbert Hernandez de mesmo nome e em sua bagagem constam 7 álbuns de estúdio e uma infinidade de singles lançados, sendo este, seu segundo disco. Destaque também para o outro projeto de Daniel Ash chamado Tones On Tail e para a clássica e prediletíssima banda já citada Bauhaus. "Express", assim como toda a discografia da banda é obrigatório e super necessário!!!


The Duke Spirit "Cuts Across The Land" e" Neptune"

"Cuts Across The Land" (2005)
Arquivo: corta o Land.jpg



"Neptune" (2008)




Banda formada em Londres, Inglaterra no ano 2003 por Liela Moss, Luke Ford, Tobby Butler e Olly "The Kid" Betts. Fundindo garage-rock, levadas de blues e soul e dosagens de neo-psicodelia unidas ao vocal afiadíssimo e belo de Liela, o The Duke Spirit surge pela primeira vez ao blog com seu debut "Cuts Across The Land" de 2005 e seu segundo trabalho de 2008, "Neptune". Ambos remetem influências diversas e notáveis de bandas como The Gun Club, Spiritualized, The Cramps, Nick Cave And The Bad Seeds, My Bloody Valentine, Pixies, Sonic Youth e The Velvet Underground. Os destaques de "Cuts Across The Land",  ficam a encargo da faixa que dá nome ao disco "Cuts Across The Land", "Drinking You In", "Darling You're Mean", "Lovetones", "Hello To The Floor", "Bottom Of The Sea", "Red Weather" e o bonus track "Souvenir". Já em "Neptune", segundo disco, os destaques são "Send A Little Love Token", "The Step And The Walk", "Dog Roses", "This Ship Was Built To Last", "Wooden Heart", "Lassoo" e "Sovereign".  Dois discos belíssimos, sejam em momentos mais velvetianos com suas ótimas baladas em tons psicodélicos ou em pontos onde as guitarras tomam a frente, lembrando um pouco a neo-psicodelia do The Black Angels. Discaços viciantes e super recomendados!!!







quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Exit Calm "Self Titled" (2010)

Banda vinda de Barnsley, Inglaterra composta por Nick Smith, Rob Marshall, Simom Lindley e Scott Pemberton e formada no ano de 2006. Entre as influências, nomes como The Verve (fase do primeiro disco "A Storm In Heaven"), Ride e My Bloody Valentine fazem parte da massa sonora que dão o rumo a que suas canções são guiadas, tornando o wall of sound e o típico clima shoegaze intimista e flutuante claramente notáveis. Torrentes de guitarras despejadas sobre vocais roucos, bateria frenética em viciantes pérolas entorpecentes fazem parte desta obra. Altamente denso em climas cinzentos típicos da Inglaterra são os soundscapes a que este disco nos remete, 10 canções extremamente urgentes e abrangentes na sua totalidade. Uma das mais perfeitas amostras do poder sonoro inglês da última década. Shoegaze desta nova geração da melhor qualidade, noise extremamente fundamental para amantes do gênero.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Loomer "Coward Soul EP" (2010)

Se ainda restavam dúvidas em alguém sobre o potencial desta máquina extra-humana de produzir ruído e beleza em abrupta dissonância, eis que surge "Coward Soul", novíssimo trabalho deste quarteto de Porto Alegre chamado Loomer para cravar seu nome de vez na história dos bons sons. A banda, formada por Stefano Fell, Liege Milk, Richard La Rosa e Guilherme Figueiredo em 2008, que já esteve em nossas páginas com a sua estréia esmagadora, intitulada "Mind Drops" de 2009 (que você pode encontrar aqui) agora retorna provando novamente seu alto poder de fogo em cinco novas canções de altíssimo impacto, fazendo de seus instrumentos verdadeiros objetos hipnotizantes onde o noise, shoegazer, guitar, indie e alt rock clássico dos anos 90 vociferam em perfeita harmonia a difusão sonora proposta pela banda. "Rocket Fuzz", "Across The Clouds", "All Gone", "Nightmare Daydream" e "Coward", sucessoras da pancaria imposta pelo primeiro EP "Mind Drops" ganham ainda mais força e aderência com a experiência adquirida pela banda neste curto espaço de tempo entre um trabalho e outro.  As influências e semelhanças continuam a encargo de nomes como My Bloody Valentine, Dinosaur Jr, Sonic Youth, Ride, The Jesus and Mary Chain, Telescopes, Second Come e Killing Chainsaw, tornando-se sempre referência ao mágico wall of sound composto pela banda. Super importante também ressaltar é a união de três dos maiores selos independentes do país: Midsummer MadnessSenhor F e Sinewave no lançamento virtual desta, que sem dúvida alguma vem a tornar-se a obra mais latente e expressiva de 2010, tornado-se referência absoluta tanto na qualidade quanto na genialidade do underground brasileiro em crescente escala desde os anos 80. Pois bem, deixo-lhes então tirarem suas próprias conclusões sobre este catarse de guitarras assombrosas, vocais inebriantes, baixo e bateria em profusão magistral chamado Loomer. 

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Swervedriver (Raise, Mezcal Head, Ejector Seat Reservation e 99th Dream)

Swervedriver "Raise" (1991)
[SwervedriverRaise.jpg]


Swervedriver "Mezcal Head" (1993)

Swervedriver "Ejector Seat Reservation" (1995)
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Swervedriver "99th Dream" (1997)

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Adam Franklin, Jimmy Hartridge, Adi Vines, Grahan Franklin e Paddy Pulzer (membros estes fundadores da banda) certamente alcançaram seu lugar ao sol como uma das bandas mais geniais de sua época e da história underground mundial da música com estas quatro pedradas lançadas durante a década de 90 sobre o nome de Swervedriver. Banda esta surgida em 1990 na cidade de Oxford, Inglaterra unindo toda a visceralidade shoegazer, noise e guitar de bandas como Ride, Dinosaur Jr, My Bloody Valentine, Sonic Youth, Stooges e Catherine Wheel a guitarras altíssimas, agudas, climáticas somadas a afinações não convencionais e pedais vintage dando um efeito devastador a sua sonoridade quase sísmica. Apesar do pouco impacto causado a crítica e mídia durante sua existência, o Swervedriver foi e ainda é uma das grandes e maiores inspirações para artistas e fãs da urgência avassaladora de guitarras precisas e vocais largados que lavavam a alma e detonavam os tímpanos há poucas décadas atrás, e que certamente ainda seguem a causar gigantesco impacto aos apreciadores do que de melhor já foi produzido neste mundo. "Raise", "Mezcal Head", "Ejector Seat Reservation" e "99th Dream" certamente são pérolas necessárias e obrigatórias para sacar o âmago dos anos 90 e toda sua criatividade altamente explosiva. Noata 10 para esta, que sem dúvidas é uma das bandas mais fodidas de todos os tempos. Alta voltagem sempre!!!






quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Red Red Meat "Jimmywine Majestic" (1994)

Segundo disco lançado em 1994 pela Sub Pop desta memorável banda surgida em Chicago em 1990 e pouco lembrada e reconhecida pelos meios alternativos. O Red Red Meat consistia iniacialmente em Tim Rutili, Glynis Johnson, Ben Massarella e John Rowan em sua original formação. A peculiaridade sonora ficava a encargo de uma certa levada blues em fusão ao rock alternativo e lo-fi experimental de guitarras fuzz e melodias pop perfeitas. Este álbum foi o primeiro dos quatro lançados pela então cultuada gravadora Sub Pop, que viria a lançar seu mais coeso e acessível registro "Bunny Gets Paid" em 1995, "There A Star Above The Manger Tonight", de 1997 e seu último registro, "Loftus" (em colaboração com a também banda indie americana, Rex) em 1999. Glynis morreu decorrente a complicações causadas pelo vírus HIV em 1992, em 1993 os Smashing Pumpkins gravariam uma canção intitulada "Glynis" em homenagem a ela. Tim Rutili e mais alguns membros do Red Red Meat, viriam a formar outra super banda chamada Califone logo após a dissolução de sua banda anterior, atingindo uma certa aclamação junto a crítica. Deixo-lhes então com uma pequena amostra desta genial e obscura banda que insiste em permanecer meio apagada na atmosfera dos bons e memoráveis sons. 

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domingo, 29 de agosto de 2010

All The Saints "Fire On Corridor X" (2008)

Com ecos e estilhaços de bandas como Loop, Sonic Youth, Spaceman 3, My Bloody Valentine eis que All The Saints, banda americana de Atlanta formada por Titus Lambert, Matt Brown e Jim Crook invade nossas páginas com seu debut lançado em 2008, pela gravadora Touch And Go Records. Unindo elementos gritantes de rock psicodélico, noise, pitadas de shoegazer e alt rock em uma fusão coesa, a banda surge como uma verdadeira surpresa até meus ouvidos, causando uma hipnose em tamanho grau como há muito não presenciava. Guitarras estridentes, chapadas, dilacerantes, mágicas, alucinógenas, feedbacks desconcertantes, bateria e baixo em extrema sintonia, vocais flutuantes e largados na medida exata. Poderia ficar por horas exaltando esta maravilha, mas prefiro deixá-los provar pessoalmente o gosto desta banda que certamente entrou para o meu topo como uma das bandas mais perfeitas surgida neste final de década. "Shadow, Shadow", Sheffield", "Farmacia", "Regal Regalia", "Hornett", "Papering Fix", "Leeds", Fire On Corridor X", "Outs" e "Mil Mil", dez canções feitas para estourar as caixinhas de seu som e estraçalhar a alma com tamanha urgência e demência. Obrigatório, obrigatório e obrigatório!!!


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Crime And The City Solution "Room Of Lights" (1986)

Crime And The City Solution foi uma banda post-punk, experimental, art-punk formada na Austrália pelo cantor e compositor Simon Bonney no ano de 1977. A banda possuiu quatro line-ups diferentes durante sua trajetória que durou até 1990, e isto incluiu membros do The Birthday Party (Mick Harvey e Rowland S. Roward), do Swell Maps (Epic Soundtracks) e do Einstürzende Neubauten (Alexander Hacke). Ao todo lançaram quatro ótimos discos de estúdio e uma série de EPs, alcançando certa notoriedade pelas atuações ao vivo, onde a aparência delicada de Bonney contrastava com a obscuridade e profundidade de sua poderosa voz. Para fãs do mestre e gênio Nick Cave, este será um prato cheio, pois as semelhanças são gritantes, mas sem ofuscar o brilho próprio da banda em momento algum. Seja bem vindo a mais um dos infernos autralianos submerso em escuridão e atmosferas descontruídas de blues e paranóia total.
Obs.: O vídeo postado refere-se a uma aparição da banda no filme Wings Of Desire (1988) de Win Wenders, fã confesso do Crime And The City Solution. 






The Vandelles "Del Black Aloha" (2009)

Após duas semanas longe da casa, eis que retorno com uma das bandas mais bacanas surgidas neste final de década. The Vandelles é o nome deste comboio surgido em Nova York e formado por Jason Schwartz, Suzanne Pagliorola, Lisha Nadkarni, Christo Buffam e David M. Herbert. Suas explosões sonoras, bombas de puro catarse fuzz e noise são uma espécie de experimento feito em um liquidificador onde jogarão em profusão doses cavalares de Link Wray, The Jesus And Mary Chain, The Ronettes, My Bloody Valentine, Buddy Holly e The Ramones e o resultado foi um delirante e ácido disco Noise-Surf-Psych-Shoegazer-Garage-Rock-Noir de estremecer as paredes da alma. O resultado deste debut dos americanos do The Vandelles são 12 canções brilhantes que certamente estão entre meu top de discos mais fodas lançados durante o ano passado e de todos os tempos. Aconselhadíssimo e obrigatório até a medula!!!Nota 10.




terça-feira, 10 de agosto de 2010

Badhoneys "Restart To Fail Again EP" (2010)

Com extremo ênfase ao que de melhor havia na década de 90 na cena alternativa norte americana e no post-punk inglês da década de 80, acentuando guitarras simples e distorcidas, baixo e bateria certeiros a vocais lânguidos e melancólicos eis que surge uma grata surpresa aos tímpanos deste que vos escreve. Badhoneys é o nome deste power trio formado em Porto Alegre em julho do ano passado por Giana Cognato (guitarras, vocais), Stefano Fell (bateria) e Rodrigo Souto (baixo), membros e ex-membros de bandas como Loomer (já postados em nossas páginas), Andina, Transmission, Dead Fingers e Girlish, ambas bandas extremamente fundamentais na cena alternativa gaúcha, esta que cresce gradualmente e nos maravilha a cada nova surpreendente descoberta e surgimento. Neste seu primeiro trabalho intitulado "Restart to Fail Again" o clima intimista impera em fusão as letras sobre temas universais da dor, como a própria Giana descreve em entrevista a RadioMicrofonia. As influências ficam a cargo de nomes geniais como P.J. Harvey, Nirvana, Joy Division, New Order, Pixies e Dinosaur Jr e a sonoridade sempre oscilando entre a beleza amarga e a aspereza mergulhada em raiva e angústia capta e exerce um magnífico resultado em 5 canções energéticas e introspectivas como em um renascimento magistral e despretencioso, uma exaltação visceral da alma e essência  alt rock noventista. "Vulnerable", "Runaway", "Lastday", "B Sad" e "Pisces Eyes", são verdadeiras pérolas, deleite puro e obrigatório aos ouvidos e corações. Genialidade e estréia esmagadoras!!!

Obs.: O link para download segue em anexo a ótima entrevista já citada acima no site da RadioMicrofonia.







quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Radio Dept. (Discografia Incompleta: LPs)

Radio Dept. "Lesser Matters" (2003)

Radio Dept. "Pet Grief" (2006)

Radio Dept. "Clinging To A Scheme" (2010)

Atendendo sugestões, mais precisamente ao novo amigo da casa, Mauro Fabian que sugeriu "Pet Grief" do genial trio sueco Radio Dept, e prolongando esta postagem com os outros dois álbuns de estúdio da banda, trago até vocês este trio vindo de Lund, na Suécia e suas composições assombrosas feitas por Johan Ducanson, Martin Larsson e Daniel Tjäder. O Radio Dept., que está junto desde 1995 apesar de hiatos e algumas trocas de integrantes, conseguiu se solidar como uma das bandas mais bacanas da última década unindo indie-rock, indie-pop, dream-pop, shoegazer e twee-pop com maestria e influências de bandas como Pet Shop Boys, My Bloody Valentine, Saint Etienne, New Order e Cocteau Twins em uma junção belíssima de sonoridades delicadas e precisas feitas com o coração e a alma, é como se os sonhos pudessem ser verdadeiramente musicados tais como surgem. Sensacional!!!
Os EPs da banda podem ser adquiridos no super blog Amor Louco, juntamente a uma resenha fantástica sobre a banda.  




terça-feira, 3 de agosto de 2010

Superchunk "Come Pick Me Up" (1999)

[cover.jpg]
Post em homenagem ao desastroso last weekend passado em Porto Alegre, que apesar das bebedeiras homéricas foi regado a muita música boa, e uma das bandas mais ouvidas, cantadas e repetidas destes dois dias de loucura foi o Superchunk e seu maravilhoso e assoviável sétimo álbum de estúdio intitulado "Come Pick Me Up", lançado em 1999 pela cultuada gravadora Merge Records, selo independente fundado por Mac MacCaughan (vocalista e guitarrista da banda) e pela baixista Laura Ballance, ambos também fundadores desta banda que exprime como poucos o verdadeiro espírito indie-punk-alt-rock dos anos 90. A banda surgiu em 1989 em Chapel Hill, Carolina Do Norte e ajudou a firmar a cena musical super fértil e a cultura alternativa de lá, tornando-se um dos expoentes mais importantes da década de 90, compondo canções simples, com guitarras expressivas e cheias de energia, elevando ao máximo a ética punk baseada no "Dot-It-Yourself". Canções memoráveis e aconselhadíssimas para qualquer pessoa que queira entender o verdadeiro espírito do alt rock que era feito há duas décadas atrás. A banda ainda está na ativa e aconselho também todos os outros trabalhos por eles produzidos. Banda prediletíssima da casa!!!
Obs.: Postagem ao grande amigo Johnny, que sempre me aguenta mesmo passando dos limites...


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Gregor Samsa "55:12" (2006)

Com o nome inspirado no principal personagem da novela "A metamorfose" do gênio do teatro do absurdo, Franz Kafka, a banda Gregor Samsa, surgida na Virginia, Eua em 2000 surge aqui no blog para lavar-nos a alma com sua notável delicadeza em canções que unem o post-rock, shoegaze e slowcore de forma única. Atualmente a banda conta com oito integrantes: Champ Bennett, Billy Bennett, Nikki King, Jeremias Klinger, Cory Bise, Bobby Donne, Myke Ashley e Mia Matsumiya. Sua curta discografia conta com três albuns de estúdio e três EPs, sendo "55:12" seu debut lançado seis anos após o ínício da banda. Em sua sonoridade submersa em sonhos e embebida em viagens atmosféricas, a banda produz um transe quase hipnótico utilizando também instrumentos clássicos de forma precisa a suas mágicas canções. São oito petardos de uma beleza incomum beirando o silêncio em timbres desconcertantes feitos para inebriar a alma. Anestésico de primeira qualidade.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Brainbombs "Urge To Kill" (1999)

Comboio sueco formado na cidade de Hudiksvall no ano de 1985. Seus membros são: Dan, Peter, Jonas, Drajan e Lanchy, sendo este quinteto responsável por verdadeiras pedradas catatônicas sonoras. Canções fundidas entre o noise, punk, no-wave, experimentalismo com vocais desafinados, guitarras repetitivas e estridentes e letras em tom semelhante aos escritos de Peter Sotos, envolvendo sadismo sexual e pornografia. Aconselhado para fãs de Dead C, Harry Pussy, Drunkdriver, The Birthday Party e Drunk With Guns. Desconstrução total em ondas noise viciantes e cerebrais, barulho de primeira para aficcionados por esquisitices violentas em estado primal. Fodástico!!!
Obs: Como não foi possível encontrar nenhum vídeo relacionado a este álbum, deixo um clássico da banda chamado Jack The Ripper Killer, uma amostra do poder de fogo dos caras...






segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pia Fraus discografia

Pia Fraus "Wonder What It's Like" (2001)

Pia Fraus "In Solarium" (2002)

Pia Fraus "Sailing On A Grapefruit Lake" (2005)

Pia Fraus "Nature Heart Software" (2006)

Pia Fraus "After Summer" (2008)

Pia Fraus é uma banda de Tallin, Estônia formada em 1998 por Eve Komp (vox, synth), Kärt Ojavee (synth), Rein Fuks (vox, guitar), Tõnis Kenkmaa (guitar), Reijo Tagapere (bass) e Marguss Voolpriit (drums). Sua sonoridade é algo entorpecente, único e encantador, uma fusão entre My Bloody Valentine, Slowdive, Broadcast e Stereolab, com uma doçura submersa em sintetizadores divinos, canções feitas para flutuar e esquecer do mundo. Além destes 5 álbuns de beleza e genialidade supremas, a banda lançou 2 EPs também super aconselhados: Plastilina (2003) e Mooie Island (2004). Shoegaze, dream-pop e indie-pop de altíssima qualidade e indicados para fâs de Moose, The Boo Radleys, Astrobite e Airformation. Nota 10 para uma das bandas mais bacanas da última década. A pequena amostra da competência e maestria da banda fica através do vídeo de "400 & 57", a abertura do assombroso "In Solarium", um dos meus discos preferidos da banda e um dos mais aclamados pelos fãs deste sexteto altamente inebriante. 

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Slipstream "Self Titled" (1995)

Slipstream foi formada em 1994 após a saída de Mark Refoy do genial Spiritualized. A banda também era composta por Ian Anderson, Gary Lennon, Steve Beswick e ocasionalmente por Jonny Mattock que havia abandonado as baquetas do Spiritualized no final daquele ano. Ligações com o comboio Spaceman 3 e todos seus frutos aterradores são inevitáveis, uma vez que Refoy e Mattock já fizeram parte da banda anteriormente. Hoje em dia constam na banda apenas Refoy e Mattock da formação original. Apesar de aterrissarem em ares um pouco mais pop do que Spiritualized, soando algumas vezes como Mojave 3 e com o dreamier do Slowdive, a banda não desmerece a nobreza em momento algum, pelo contrário, garantem a genialidade da linhagem que provém das cultuadíssimas e já citadas Spaceman 3 e Spiritualized, bandas estas responsáveis por clássicos absolutos de loucura e sonoridade incomparáveis. Canções como "Harmony", "Riverside", "Pulsebeat", "One Step Ahead", "Sensurround", "Computer Love", "Sweet Mercy", "Feel Good Again", "Sundown", "She Passes By", "Feel Good Again 2" e "Drone In 'A'" são petardos viciantes e encantadores para a mente e ouvidos, destilando psicodelia e dream pop por todos os lados concebíveis. Genial e obrigatório do início ao fim!!! 
Obs.: Como não encontrei nenhum vídeo relacionado a este disco, restou-me postar outro, mas não de menor qualidade em relação as canções citadas na resenha. Boa audição!!!



terça-feira, 13 de julho de 2010

Dark Star "Twenty Twenty Sound" (1999)

Banda formada em Londres, Inglaterra no ano de 1998 por três ex-membros da fodástica banda Levitation: Christian Hayes, David Francolini e Lawrence O'Keefe, ambos com uma longa história na cena alternativa britânica. Abanda esteve na ativa até o ano de 2001 e lançou apenas este debut intitulado Twenty Twenty Sound lançado pela extinta Harvest Records, então subsidiária da poderosa EMI além de dois EPs e três singles. Guitarras altas com mudanças complexas de acordes, psicodelia e rock alternativo de potência misturados a efeitos de pedais ruidiosos e vocais dramáticos na medida certa. Além da citada ligação com a banda Levitation, os membros já estiveram ligados a nomes como Dragons, Ring, Cardiacs, The Jazz Butcher e The Dave Howard Singers. Então por essa bagagem bem vasta que seus integrantes carregam creio ser desnecessário dizer que a audição é mais que obrigatória. Boa pedida de um disco pouco lembrado nos dias atuais. Boa audição.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sun Dial "Other Way Out" (1990)

Atendendo pedidos, mais precisamente de um grande amigo da casa, Flávio, que está sempre presente com comentários, sugestões e dicas bem bacanas, trago até vocês o debut lançado em 1990 deste comboio submerso em lisergia e psicodelismo chamado Sun Dial. A banda que sempre esteve liderada por Gary Ramon, surgiu em meados dos anos 80 na Inglaterra e sempre esteve na contramão das grandes tendências de estilo de sua época, mergulhando seus álbuns na psicodelia dos anos 60 e 70 e fundindo diversos subgeneros do rock, tais como o space-rock, acid-rock, stoner-rock e neo-psicodelia. Apesar de sua sonoridade estar fora de moda, Ramon e seus colaboradores menos freqüentes sempre extraíram consideráveis críticas e reconhecimento pela imprensa de música independente durante sua trajetória. Sua música foi comparada, elogiada e influenciada por grandes nomes proeminentes como Spacemen 3, Spiritualized, Nirvana e Monster Magnet sendo por sua vez altamente influenciados por nomes conhecidos como Pink Floyd, Beatles, Led Zeppelin e Stooges, passando também pela cena Madchester, ao som flutuante de Stone Roses, Inspiral Carpets e Happy Mondays. Deixo-lhes então derreterem ao som de 6 canções ácidas, petardos alucinógenos  inspiradíssimos na leveza chapada de uma das décadas mais doidas da história da humanidade como "Plains Of Nazsca", "Exploding In Your Mind", "Magic Flight", "She's Looking All Around", "World Without Time" e "Lorne Blues". Super aconselhado!!!


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Kid's Garden "Further" (2007)

Minhas Fotos | Kid's Garden
Kid's Garden é o nome do projeto solo de George Clanton (vocais, guitarra) que inclui também o baterista Kyle Harris e este é o debut do duo lançado em 8 de junho de 2007. Clanton e Harris destilam em 44 minutos de precisas e flutuantes canções um emaranhado das melhores influências possíveis, entre elas nomes como The Sad Cobras, Slowdive, My Bloody Valentine, Spacemen 3, Spiritualized entre outros. São 14 canções de uma leveza corrosiva que nos remetem ao melhor do shoegaze, psicodelia, experimentalismo, indie-rock, dream pop e lo-fi sempre com uma simplicidade arrebatadora. Destaques para "Ourselves", "Come Down", " Show Me", "Deepest Sky I/Can't See How [Reprise]", "1995", "Winter's Song" e "Cold Water". Canções despretensiosas em climas soturnos e vocais largados em uma obra que não poderia de forma alguma passar batida.