E nem só de Joy Division, The Cure e Bauhaus foram feito o post-punk e os anos 80. Eis aqui o debut de uma das lendas mais urgentes e pouco reconhecidas da cena que incendiava a inglaterra há 30 anos atrás. O The Sound surgiu em Londres em 1979 e foi formada pelo ex-Outsiders Adrian Borland (vocais e guitarra), Graham Bailey (baixo), Michael Dudley (bateria) e Bi Marshal (saxofone, clarinete e teclado), sendo Marshal substituído já no segundo álbum (From The Lion's Mouth, de 1981) por max Mayers. A banda segui até até 1987 e lançaram 5 LPs ao todo e uma porção de Singles e EPs. Após o final da união, Adrian Borland seguiu a carreira solo paralelamente a outros projetos da banda (The Honolulu Mountain Daffodils e White Rose Transmission) mas suicidou-se na estação de metrô de Wimbledon em 26 de abril de 1999 após frequentes crises depressivas. Max Mayers faleceria três anos depois, em decorrência da AIDS. A sonoridade do The Sound foi uma das mais bacanas e marcantes de sua época, com semelhanças a Echo And The Bunnymen, Teardrop Explode, Joy Division e The Chameleons mas com algo único em sua essência diferenciando-se das outras bandas. Há um desespero e urgência inigualáveis que rondam suas canções, certeiras e intensas em todos os momentos. Foi uma pena o lixo que é a indústria musical e a crítica deixá-los a margem e ignorá-los durante sua existência, pois esta sem dúvida uma das 10 maiores bandas de todos os tempos na minha opinião pessoal. Pérolas como "I Can't Escape Myself", "Heartland", "Hour Of Need", "Words Fail Me", "Missiles", "Heyday", "Jeopardy", "Night Versus Day", "Resistance", "Unwritten Law" e "Desire" são verdadeiros tesouros perdidos e dignos de uma boa audição e no mínimo respeito, mas no meu caso isto serve como vício total, entorpecimento da alma e da mente, delírio voraz e descontrolado.
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