domingo, 5 de junho de 2011

Bela Infanta "Self Titled EP" (2009) e "Às Vezes Os Pássaros Não Voam Pro Mesmo Lado No Inverno" (2011)

"Self Titled EP" (2009)
01 Refratário
02 Descontentamento
03 Radar
04 Honk Tonk Piano


 "Às Vezes Os Pássaros Não Voam Pro Mesmo Lado No Inverno" (2011)
01 Planícies
02 O Deus Pagão
03 Quando Os Muros Se Tornam Estradas
04 Outono De 1987
05 Maio


É fato que uma grande parcela de bandas brasileiras dentro dos sub-gêneros que agregam o rock alternativo  deixa a desejar profundamente em relação as letras quando executadas em sua língua natal, seja pelo fato da superficialidade contida nelas ou pelo simples fato de não terem a mínima intimidade poética necessária para expressarem seus anseios, amores, desamores ou tudo mais que os cerca diretamente com desenvoltura em estilos musicais que tiveram seu surgimento e explosão dentro da língua inglesa. Claro que isto acontece em outras línguas também, mas este de longe não vem a ser um obstáculo para este quarteto surgido no final de 2008 na cidade de Joinville, Santa Catarina chamado Bela Infanta. A banda, formada por Israel (guitarra), Deivys (teclado e vocal), Marcelo (bateria) e Stenio (baixo) expõe diretamente suas preferências  pela sonoridade produzida na década de 80 em estilos como o post-punk, shoegaze, dream-pop e ethereal marcados e popularizados por grandiosos nomes como The Cure, The Stone Roses, Cocteau Twins, Joy Division, New Order e tantos outros que com sua parcela de influência gritante, aliados a personalidade e identidade própria da banda vem a torná-los o maior expoente da música alternativa já surgido em território Catarinense e uma das bandas mais impressionantes e cativantes dentro do país. Com dois EPs na bagagem: o "Self Titled", de 2009 e o recém lançado "Às Vezes Os Pássaros Não Voam Pro Mesmo Lado No Inverno", o quarteto mostra toda a sua força em canções que impressionam tanto nas letras, pela tamanha sutileza poética encontrada em cada uma delas quanto na atmosfera criada pelos quatro integrantes, onde os climas introspectivos impregnados por texturas obscuras regem toda a soundscape inebriante magicamente tecida pela banda. Nota 10 para estas duas obras de total relevância e importância e que inevitavelmente tornaram-se vício imediato e discos obrigatórios para este que vos escreve!



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