quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Clinic "Internal Wrangler" (2000)


Debut desta banda inglesa de Liverpool formada 1997 por Ade Blackburn e Jonathan Hartley após o final de sua banda anterior, Pure Morning. Brian Campbell e Carl Turney em seguida vieram a fazer parte da banda. O vocal ácido distintivo de Blackburn é uma marca registrada do quarteto, além das máscaras cirúrgicas e fantasias usadas durante suas apresentações, bem como nas fotos promocionais. Órgãos altamente distorcidos e vocais intensos, uma enigmática mistura de surf punk com uma mutante batida house e demência pura é o que você encontrará nesta obra simplesmente genial. Experimentalismo indie garage art punk psicodelia misturados em uma das bandas mais sensacionais já ouvidas por este que vos escreve. Vale cada segundo da sua atenção.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Urusei Yatsura "We Are Urusei Yatsura" (1996)


Debut destes gênios escoceses de Glasgow que estiveram juntos de 1993 até 2001. Fergus Lawrie e Graham Kemp foram os membros fundadores da banda que ao lado de Elaine Graham e seu irmão Ian Graham gravaram três LPs e uma infinidade de EPs e singles. Graham está atualmente trabalhando em material solo, enquanto Ian, Elaine e Fergus continuam trabalhando juntos sob o nome de Projekt A-Ko. Seu som é uma mistura das mais coesas entre indie rock, lo-fi, noise pop e as semelhanças ficam por conta de Sonic Youth, Pavement, Yo La Tengo e Boyracer. Glasgow é um dos lares das melhores bandas da história e com certeza o Urusei Yatsura está no topo da lista como uma das mais importantes surgidas neste paraíso sonoro. Nota 10, 10 e 10.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mocassim "Last Leaf" (2006)


Se você é chegado em fuzz, reverb, Ride, Sonic Youth, Spaceman 3, The Verve, Black Sabbath, chapação, viagens ácidas, vertigens, solidão, canções belas e esquizofrênicas baixe sem dó porque este é um dos discos mais fodões e alucinógenos já feitos sem dúvida alguma. É de Denver, no Colorado que chega até nós mais esta porrada sonora formada por Eddie Dugan (Baixo), Ryan Sniegowski (Vocal/Guitarra), Scott Bagus (Guitarra) e James Barone, (Bateria). A banda está junta desde 2003 e faz uma mistura mais que perfeita de space-rock, psiychedelic-rock, stoner-rock e algumas pitadas de shoegaze, com uma linha de vocais distantes no sentido etéreo e melancolia pura beirando abismos. O disco inteiro é foda do início ao fim, é viagem garantida ou seu dinheiro de volta...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Menomena "I Am The Fun Blame Monster" (2003)


Banda indie-experimental de Portland, Oregon, Estados Unidos, formada no final de 2000 por Brent Knopf, Justin Harris, e Danny Seim. Este é seu debut gravado no ano de 2003 depois de uma série de demos perdidas e extraviadas. Destaque para a faixa de abertura "Cough Coughing" que ganhou um clip bem bacana (que foi de onde conheci a banda) e "Strongest Man In The World" que foi destaque na trilha sonora do filme Paranoid Park, de Gus Van Sant. Este é um disco fantástico pra relaxar e viajar, a sonoridade do trio é algo extremamente aconchegante apesar de soar tétricamente às vezes. Aconselhadíssimo junto aos outros discos da banda.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nick Cave And The Bad Seeds "Tender Prey" (1988)


Nicholas Edward Cave, ou simplesmente Nick Cave nasceu na Austrália em 22/09/1957 e tornou-se um dos artistas mais singulares de sua época através de sua voz rouca e de suas letras com forte inspiração religiosa travando verdadeiras batalhas entre o desespero e a devoção, o amor e o ódio, a vida e a morte. Nick Cave formou sua primeira banda, The Birthday Party no final dos anos 70, quando começou a chamar a atenção por seus shows extremamente viscerais beirando a insanidade. Alguns anos mais tarde, mais precisamente em 1984 ele forma mais uma banda, os The Bad Seeds ao lado do guitarrista Blixa Bargeld, Barry Adamson (multinstrumentista, ex-Magazine, que apareceu no disco "Junkyard" do Birthday Party), Anita Lane (poetisa) e Hugo Pace (guitarrista). Em “Tender Pray”, Cave demonstrou pela primeira vez sua fascinação pelo Brasil: o disco é dedicado ao ator Fernando Ramos da Silva (erroneamente grafado como “Ferdinand”), que faz o papel principal do filme Pixote, de Hector Babenco. Fernando havia sido morto pela polícia de São Paulo no ano anterior e o filme é um dos favoritos de Cave. "Tender Prey' é um dos pontos mais altos da carreira de Nick Cave e contém ótimas canções como "The Mercy Seat", "Up Jumped The Devil", "Watching Alice", "Sunday's Slave" e "Sugar Sugar Sugar". Nota 10 para o mestre Cave.

Telescopes "Untitled Second" (1992)


Banda formada em 1987 por Stephen Lawrie (vocal e guitarra), Joanna Doran (backing vocals e guitarra), David Fitzgerald (guitarra), Robert Brooks (baixo) e Dominic Dillon (bateria e percussão), esta sem dúvida é uma das bandas mais cultuadas no cenário underground de todos os tempos. Com ecos diretos de Spaceman 3, My Bloody Valentine e The Jesus And Mary Chain, fizeram história durante sua existência e certamente estão no topo das bandas mais fodonas da história. "Terroristas culturais loucos" foi um dos adjetivos mais apropriados alcançados pela banda durante seu período na ativa, concebido pela respeitada Melody Maker no ano de 1994. O Telescopes é um verdadeiro liquidificador de noise e psicodelia que beira a perfeição em uma viagem mágica e as vezes um pouco áspera, mas sempre intensa e maravilhosamente bem construída por Stephen Lawrie e seus parceiros impecáveis. Este é o segundo LP deles e um de meus discos preferidos pra qualquer momento. Foda, foda, foda...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Danteinferno "Devil" (2006)


Banda uruguaia formada por Diego Mayayo (baixo), Martín Recto (bateria) e Francisco Coelho (vocais, guitarras e teclados). A Dante inferno nasceu no inverno de 2002 e passou por algumas trocas de formações e integrantes durante sua existência, até tornar-se um trio. Há uma forte ligação com o Brasil através dos selos Music Box e Sinewave, o que lhes rendou alguns shows pelo país no ano de 2004, que inclusive tive a chance de presenciar uma de suas apresentações em Porto Alegre em uma de suas passagens, dividindo o palco com o pessoal da Viana Moog e também do Walverdes, show dos mais barulhentos e bêbados por sinal. Seu som é extremamente contagiante e bem trabalhado, noise-pop com uma certa influência shoegaze e de bandas como Pixies, Pavemente e Sonic Youth. "Devil" é um disco certeiro que deve ser ouvido do início ao fim sem hesitação alguma. A banda passeia com maestria entre a beleza e a esquizofrenia de forma genial, tendo em algumas canções instrumentais uma pequena amostra do poder noisy uruguaio.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Snowman "The Horse, The Rat And The Swan" (2008)


Quarteto de ambient/tribal/noise baseado em Londres e originalmente formado em Perth, na Austrália, em 2002. É composto por Joseph McKee, Andy Citawarman, Olga Hermanniusson e Ross DiBlasio. Este é seu segundo álbum e assombrosso é o adjetivo que mais combina com esta obra extremamente fodona super elogiada pela crítica especializada. Ao longo do disco você poderá notar pequenas influências de King Crimson até Birthday Party e Bad Seeds. Feedbacks, tensão, primistismo moderno com doses de eletro e obscuridade estão presentes nesta pérola inigualável que até pouquissímo tempo ainda permanecia desconhecida. Atenção especial para a apocalíptica "We Are The Plague", a tensão dos vocais na faixa de abertura "Our Mother (She Remembers) e para todo o resto do disco que não deixa por merecer em momento algum. Aconselhadíssimo...

Boo And Boo Too "No Tempo" (2008)


Banda formada no ano de 2005 em Lawrence, Kansas por Gaurav Bashyakarla (Bateria), Barrett Emke(Guitarra, vocal), Derek Solsberg (Baixo), Lucas Namee (Guitarra),  Drew M. Gibson (Efeitos, Guitarra) e Oscar Allen Guinn (Guitarra). Com influências de Joy Division,  The Breeders, Godspeed You! Black Emperor, Animal Collective mas com uma sonoridade que nos remete mais a bandas da linha do Sonic Youth e My Bloody Valentine pela muralha de ruídos e efeitos usados eis o debut desta ótima banda ainda desconhecida por aqui.  Experimentalimo / Noise, Rock em um caldeirão lotado de boas influências e pronto pra explodir a qualquer instante. Se você gostou ou gosta de Crystal Antlers e Parts & Labor (ambos já postados aqui no blog) baixe sem medo, pois a demência é grande e sem dúvida esta será uma audição inigualável. Nota 10 pra esta barulheira genial.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

My First Days On Junk "Songs For Daria The Fake Girl" (2002)


Cria legítima de Lou Reed e do Velvet Underground com influências diretas do The Jesus And Mary Chain, passando por MVB e bebendo em algumas canções da mesma fonte do Yo La Tengo, o My First Days On Junk aparece em nossas páginas pela primeira vez com seu debut intitulado "Songs For Daria The Fake Girl" tornando-se clássico instantaneo com sua obscuridade e melodias aterradoras dignas de uma bad trip lisérgica. É de Burlington, Vermont, nos Estados Unidos que surge esta pérola formada por nada menos que dez integrantes alucinados, em sua formação constam Steve Williams, Colin Clary, Hannah Wall, Rob Koier, Brooke Dooley, Bobby Hackney, John Eckles, Marie Claire, Jason Routhier, Jedidiah Mayer. Indie-pop-noise-shoegaze-psicodelia de primeiríssima qualidade. Recomendadíssimo, som foda mesmo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Speedball Baby "The Black-out" (2002)


Ácido puro, demência e mais demência com pitadas de Birthday Party, Blues Explosion, art punk, garagem, psicodelia, rockabilly, sol direto nas idéias e muita bebida com certeza, fora o talento puro e energia apocalíptica...eu poderia escrever por duas horas sem parar para elogiar esta maravilha vinda de Nova York e formada em 1995 e tendo como figura central o cantor Ron Ward mas as informações a respeito da banda são tão confusas quanto o estrago que o som dos caras vai fazer na sua mente após ouví-los. Urgência pura e constante nesta obra gritante e extremamente perfeita. É ouvir e enlouquecer com certeza...
O disco inteiro é ótimo mesmo, sem decair em momento algum. Baixe sem medo...

Eric's Trip "Love Tara" (1993)


Banda formada em 1990, quando os músicos Rick White e Chris Thompson do The Forest se juntaram a  Julie Doiron e Ed Vaughan (que mais tarde foi substituído por Mark Gaudet do Purple Knight). Levaram seu nome de uma canção do Sonic Youth, que aparentemente foi uma das influências da banda. A Eric’s Trip foi a primeira banda canadense a assinar com a Sub Pop, a lendária gravadora de Seattle, no início dos anos 1990. A banda se rompeu em 1996, mas se reuniu em 2001 e Agosto de 2006, para tocar no Sappy Records Festival de Sackville, New Brunswick. Ela se unificou novamente para uma série de shows em 2007, incluindo um show no Pop 2007 Halifax Explosion. Beleza e barulho de primeira em canções lo-fi  com ótimas referências pop desleixadas. Este é o primeiro disco e com certeza obrigatório até as entranhas...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Thrushes "Sun Come Undone" (2007)


Primeiro disco desta sensacional banda americana que destila shoegaze, indie-rock, post-punk, dream pop com vocais femininos e guitarras cheias de texturas e efeitos. Fusão perfeita entre a delicadeza e a demência, envolvente dos primeiros instantes até seu perfeito final. Em sua formação constam Anna Conner (voz,guitarra), Casey Harvey (guitarra, fuzz, reverb), Rachel Harvey (baixo) e Matt Davis (bateria, sinos). De sua vasta lista de influências, as mais gritantes são The Jesus & Mary Chain e MBV. Recomendadíssimo de coração mesmo esta genial obra deste excelente quarteto de Baltimore. É botar pra rodar e relaxar sem culpa alguma entre a fumaça e a bebida de sua preferência ou também sem um nem outro.

 

sábado, 5 de dezembro de 2009

The Cooper Temple Clause "See This Through And Leave" (2002)


Banda britânica formada em 1998 por Tom Bellamy (guitarra, baixo, sintetizador, teclado, percussão, vocal, batidas, corneta, composição das músicas, dentre outros) ,Daniel Fisher (guitarra, baixo, vocal e composição das músicas) ,Ben Gautrey (guitarra, baixo, vocal e teclado) ,Jon Harper (bateria, percussão e vocal) , Kieran Mahon (teclado, piano, sintetizador, órgão, guitarra, baixo e vocal) e Didz Hammond  (baixo, sintetizador, guitarra e vocal) ,permanecendo este último até 2005. Lançaram três ótimos álbuns sendo este o primeiro LP da banda e o também com menos influências eletrônicas em relação aos discos posteriores. Perfeito registro do quinteto já extinto e ainda pouco conhecido no Brasil. Seu som é bastante vigoroso e sujo ,uma espécie de fusão entre o grunge e o britpop com uma certa influência eletrônica. Confesso que possuo este cd há um bom tempo mas já fazem uns bons meses que não botava pra rodar no meu player, esta semana resolvi ouví-lo e então decidi compartilhar esta preciosidade com vocês...pois bem fica a dica então...sonzeira do caralho mesmo...

domingo, 22 de novembro de 2009

Rockethouse "Weapons Of Mass Distortion" (2005)


Canções corrosivas com influências eletrônicas, muitos samples, ritmos pulsantes e paredes de guitarras  fazem deste debut do Rockethouse (ex-Aerial Love Feed) uma boa pedida pra quem curte Primal Scream, The Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine, apesar de eu ter sentido uma certa semelhança com o instrumental de algumas fases do Smahing Pumpkins. Sua formação conta com Wade Settle, Gerry Rustic, Andrea Sicco, Derrek Hawkins e Mikey Lams que atualmente trabalham no terceiro LP da carreira. Ótimo disco para chacoalhar o esqueleto e se acabar em noites de porre.

Singapore Sling "The Curse Of Singapore Sling" (2003)


Banda de Rejkyavic, Islândia formada na primavera de 2000 com o nome inspirado em um filme de Nikos Nikolaidis que explora todos os limites da perversão e esquizofrenia humanas. Com títulos consideráveis como "Mestres do avant-garage das trevas da Islândia" dá pra se ter noção do estrago que os caras fazem. Batidas primais, vocais raivosos, teclados hipnóticos e psicóticos e um clima extremamente underground com influências de bandas garageiras dos anos 60 como The Seeds, Them, The Pretty Things e  Standells, circulando também pelo circuito noise dos irmãos Reid, Primal Scream, My Bloody Valentine e Swervedriver. O que temos aqui é algo de primeira mesmo, canções obscuras com um certo ar pop maníaco, auto-destruição artística e demência pura. Devastação sonora esmagadora feita magistralmente pelo sexteto Henrik (guitarra, voz), Einar (guitarra), Hákon (guitarra, teclado), Bibí (baixo), Iggi Sniff (tamborim, marracas) e Bjössi (bateria). Uma das bandas mais fodas desta última década sem dúvida alguma. Uma espécie de BRMC mais sujo, marginal e extremamente ébrio.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Crystal Antlers "Tentacles" (2009)


Estréia esmagadora desta banda californiana formada por Johnny Bell (vocais, baixo), Andrew King (guitarra), Victor Rodriguez (teclados), Kevin Stuart (bateria), Damian Edwards (percussão) e Errol Davis (guitarra, teclados). Experimentalismo avassalador regado a muito noise e vocais esganiçados em alta voltagem beirando a insanidade e o desespero. A banda surgiu em janeiro de 2006 e antes havia apenas lançado um EP homônimo mas que já mostrava o poder sonoro e impactante que o Crystal Antlers proporcionava aos ouvidos e mentes alheias. Noise rock psicodélico com influências dos anos 60 e 70 como jamais se ouvira antes. Recomendadíssimo até as entranhas mesmo.

domingo, 15 de novembro de 2009

Th ' Faith Healers "Lido" (1992)


Banda britânica de Hampstead que esteve na ativa de 1990 até 1994. Formada por Roxanne Stephen (vocal), Tom Cullinan (guitarra / vocal), Ben Hopkin (baixo) e Joe Dilworth (Bateria), os Th' Faith Healers lançaram apenas dois LPs sendo este o primeiro e mais alguns EPs e singles. Ambos os discos apresentam notáveis influências de Krautrock, mais precisamente de Can e Neu, passando por outras bandas como Sonic Youth, The Jesus And Mary Chain e P.J. Harvey. Tom Cullinan atualmente trabalha em outra banda chamada Quickspace, ainda desconhecida por este que vos escreve. Deixo portanto esta maravilha de disco pra vocês. Altamente recomendado. É uma pena uma banda dessas ter tido uma carreira tão curta e ainda permanecer desconhecida pelo menos aqui no Brasil. Extremamente necessário, canções inflamáveis de uma pegada descomunal.

Boss Hog "Boss Hog" (1995)


Discaço essencial de mais uma das fantásticas bandas formada por Jon Spencer e sua super-mulher Cristina Martinez, ambos ex-integrantes do fodástico Pussy Galore. O casal juntamente com Jens Jurgensen, Hollis Queens e Mark Boyce formaram o Boss Hog em 1989 como um projeto paralelo e acidental para um show de última hora no lendário clube CBGB juntando membros do Pussy Galore, The Honeymoon Killers e Unsane.  Lançaram 3 LPs ao todo sendo este o segundo da banda além de mais alguns EPs e mini álbuns durante sua  trajetória. O line-up da banda tornou-se altamente instável no início dos anos 90 com os membros rapidamente chegando e partindo (Pete Shore e Jerry Teel também chegaram a participar da formação do Boss Hog). Com canções com alto teor de violência e letras sexualmente explícitas ganharam notoriedade pela nudez de Cristina durante suas apresentações e é claro que também  pela sonoridade visceral da banda. O Boss Hog não teve qualquer atividade pública desde 2001, embora pareça não ter havido qualquer declaração oficial da sua dissolução. Jon Spencer continua com os Blues Explosion e ainda é casado com Cristina Martinez. O cara sem dúvida alguma é um dos meus heróis e um dos artistas mais brilhantes deste século. É impressionate a maestria e o talento que ele possui, com sua guitarra e vocal esganiçado o cara consegue incendiar tudo, noise poetry altamente violenta garageira meio punk meio blues extremamente viciante e bêbada. Mais uma obra prima dos anos 90. Ouça até surtar...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vivian Girls "Vivian Girls" (2008)


Debut rápido, sujo e barulhento deste trio de garotas do Brooklyn, Nova York lançado no ano passado e formada por Cassie Ramone, Kickball Katy e Ali Koehler. Com influências de The Wipers, Nirvana e The Shangri-Las, conforme consta no myspace da banda, elas fazem desta maravilha de álbum uma mistura perfeita e bombástica entre Punk , Shoegaze e Surf music. É um trabalho que beira 20 minutos apenas de caos e diversão, não espere algo perfeito em questões musicais pois isto não soa com algo conceitual ou como um trabalho virtuosista. O que temos aqui é algo simplista feito para quem curte um som underground mesmo, nada de firulas ou trocentos instrumentos e efeitos (mas não que isto não soe legal às vezes), é basicamente baixo, guitarra e bateria pulsantes e ruidosos e vocais com certa doçura e leveza. Deixe rodar mais de uma vez seguida pra sacar a intensão da banda que com certeza você não irá se arrepender.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Brainiac "Hissing Prigs In Static Couture" (1996)


 O Brainiac foi uma banda  synth-punk-indie americana da década de 1990. Formada em Dayton, Ohio, em janeiro de 1992 com o vocalista, guitarrista e tecladista Tim Taylor, o baixista Juan Monasterio, o guitarrista Michelle Bodine Tyler e o baterista Trent.  Em 12 de março, a banda fez seu primeiro show no Wright State University's Cafeteria, sob o nome We'll Eat Anything. Após alguns singles, lançaram seu primeiro álbum, Smack Bunny Baby em 1993. "Bonsai Superstar" (já postado nas páginas do Sussurros & Escarros), agora com John Schmersal na guitarra no lugar do Bodine, é gravado no ano seguinte.  Em 1995 eles tocaram no  Lollapalooza e gravaram 4 músicas no Reino Unido para a BBC Peel Sessions. Juntaram-se a Touch and Go Records e lançaram Internationale (EP), produzido por Kim Deal (do Pixies). No ano seguinte, seu terceiro álbum, Hissing Prigs in Static Couture, foi lançado pela Touch & Go. Todos os três álbuns foram produzidos por Eli Janney (de Girls Against Boys). Em 1997 eles lançaram um EP com base electrônica chamado Electro-Shock For President que acabou por ser o seu último disco: Tim Taylor foi morto em um acidente de carro em 23 de maio de 1997, durante a pré-produção de seu quarto álbum, que deve ser lançado pela Interscope Records. O grupo logo se separou. Schmersal formou uma banda chamda Enon. Monasterio dirige videoclipes, incluindo dois para o Enon, e recentemente lançou um álbum com uma nova banda, chamada Model / Actress; Schmersal faz aparições neste álbum. Trent breve se juntou aos criadores e, mais recentemente tocou com The Dirty Walk. Bodine se tornou o guitarrista e vocalista do O-Matic e Shesus. Pois bem, essa sem dúvida alguma é uma das mais interessantes e originais bandas da história da música. Poucos conseguiram fazer uma mistura tão brilhante e demente quanto eles. Com certeza ouvirei muito esse e todos os outros álbuns do Brainiac até o momento de minha morte.
Obs.: Agradecimento ao grandioso amigo Renato Malizia pelos links dos álbuns.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

3Ds "The Venus Trail" (1994)


Eles já rechearam anteriormente as páginas do Sussurros & Escarros com o essencial "Hellzapoppin" e agora retornam com mais um álbum extremamente necessário chamado The Venus Trail e lançado em 1994,  por muitos o melhor LP de sua curta e genial carreira. O 3Ds foi formado na Nova Zelandia em 1988 por Dominic Stones (bateria), Denise Roughan (baixo e vocais) e David Saunders (guitarra, slide e vocais). Como todos tinham nomes iniciados com a letra D, então se tornaram o 3Ds. Em 1990 incluiram em sua formação outro D, David Mitchell, guitarrista e vocalista. Com influências diretas de Pixies, Sonic Youth e My Bloody Valentine eles foram uma das bandas mais aclamadas da Flying Nun. Todo disco é encantador e desce redondo mesmo, sendo impossível escutá-lo uma única vez. Noise Pop cheio de influências de primeira. Destaques para a faixa de abertura "Summer Stone", a balada "Spooky", "Hey Seuss", "The venus Trail" que também dá nome ao disco e bela "Beautiful Things" cantada na doce voz de Denise Roughan. Nota 10 para essa genialidade sonora que com certeza é uma das melhores coisas que os anos 90 pode nos oferecer.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Beatnik Filmstars "Laid Back And English" (1994)


O Beatnik Filmstars começou a vida em 1991 em Bristol, no Reino Unido. Muitas vezes conhecido como o Guided By Voices britânico e o Pavement inglês eles possuem uma discografia bastante vasta e genial apesar de pararem entre os anos de 1998-2005. O mais bacana é que a banda não seguiu o Britpop nem o Shoegazer que era o que realmente predominava nos anos 90 e mesmo assim lançaram obras esmagadoras e perfeitas. Suas influências são Pavement, The Fall, Lambchop, Silver Jews, The Beatles, Guided By Voices, Hank Williams, Hank Locklin, Will Oldham, (Smog), Galaxie 500, Johnny Cash, boas canções e bom vinho. Este é primeiro LP oficial da banda e um dos melhores álbuns lançados na década infindável em matéria sonora de 90. Mais um trabalho de extrema urgência e importância para o underground já que 90% é fake e hype. Fiquem portanto com esta maravilha regada a lo-fi, psicodelia, indie e noise e muito bom gosto. Uma das minhas bandas preferidas e a de John Peel também sem dúvida alguma.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Gordons "1st Album And Future Shock EP" (1981)


Banda muito importante na história de Christchurch e na cena musical da Nova Zelândia. Os Gordons foram com certeza uma das maiores bandas de seu país e do resto do mundo, tendo sido citados como inspiração para bandas como o Sonic Youth por exemplo. Sua formação contava com Alistair Parker  (Guitarra / Baixo / Vocal), John Halvorsen  (Guitarra / Baixo / Vocal) e Brent McLaughin (bateria). Tiveram uma discografia e carreira curta em decorrência de alguns problemas alucinógenos: Alistair Parker deixou a banda depois de encontrar Deus (segundo as informações recebidas através de drogas).
Halvorsen e McLaughin mantiveram a banda sem Parker, utilizando Vince Pinker. Eles lançaram mais alguns trabalhos, mas sem a mesma notoriedade e impacto que tiveram anteriormente com a formação original. Alistair Parker finalmente pousou no planeta terra alguns anos mais tarde e em seguida formou o Nelsh Bailter Space, que algum tempo depois viria a se chamar apenas Bailter Space e que após várias trocas de integrantes viria a juntar todos os ex-Gordons novamente na mesma banda. Pois então fica a dica pra vocês e deixo o primeiro LP dos Gordons que acabou sendo lançado junto com o EP Future Shock pela extraordinária Flying Nun. Post-punk-experimentalismo-psicodelia-garage em 10 canções absurdamente perfeitas.
 



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Chrome Cranks "Dead Cool" (1995)


Imaginem The Birthday Party, The Fall e Iggy Pop juntos, pois bem a sensação que o som dos Chrome Cranks me passa é essa. Uma mistura perfeita e doida de Garage rock, Post-punk, Garage punk, noise, porres e mais porres, mesas de bar viradas, cadeiras estilhaçadas, gente trepando sobre mesas de sinucas, uma viagem extremamente drunken pelo subsolo. Surgidos na cidade de Cincinnati, Ohio, em meados de 1988, o grupo fez sua estréia abrindo shows para o Pussy Galore, em sua formação constavam Peter Aaron, William Weber, Jerry Teel (ex-Honeymoon Killers) e Dan Willis. Este é o segundo trabalho da banda, antes desse LP lançaram um álbum homônimo. Pois bem, apertem bem os cintos pra essa insanidade sonora, pois com certeza eles farão um estrago bem grande nos seus miolos.

sábado, 24 de outubro de 2009

Gliss "Devotion Implosion" (2009)


Segundo trabalho deste trio oriundo de Los Angeles,USA formado por Martin Klingman, Victoria Cecilia e David Reiss. O Gliss que no seu debut intitulado “Love The Virgins” teve os elogios do mestre Billy Corgan, agora ataca com um climão mais inglês altamente influenciados pelos fodões My Blood Valentine, Ride e The Jesus And Mary Chain além do próprio grupo de Billy Corgan dos dois primeiros discos, “Gish” e “Siamese Dream”. Logo na primeira faixa chamada "Morning Light" é inevitável a presença do clima libidinoso e extremamente distorcido criado pelos irmãos Reid há cerca de 20 anos atrás. Destaques para as canções “29 Acts Of Love”, "Sleep", "Anybody Inside" e "The Patrol". Viagem ácida garantida, excitação também. Prova mais do que concreta que esta não é uma banda hype e muito menos fogo-de-palha. Pois bem, longa vida ao Gliss.

Garageland "Last Exit To Garageland" (1996)


O Garageland foi uma das melhores bandas saídas da Nova Zelândia e que integraram a fantástica gravadora Flying Nun, lar de bandas como Bailter Space, Gordons, 3ds, The verlaines, Headless Chickens,The Bats, The Terminals e por aí vai...
Com influências diretas de Pixies, Pavement, The Clean e The Velvet Underground a banda contava com Andrew Gladstone (bateria / vocal), Jeremy R. Eade (vocal / guitarra), Andrew (Clanger), Claridge (guitarra), Dave Goodison (guitarra / bandolim / voz), Mark Silvey (baixo / vocal) e Debbie Silvey (guitarra) apenas durante as primeiras gravações, incluindo "Last Exit to Garageland". Este foi o debut da banda lançado em junho de 1996 fazendo parte de uma curta discografia com apenas mais dois LPs lançados. Para viciados em Pixies e no que de melhor havia em meados dos anos 90 este álbum com certeza será um prato cheio. Pop ácido perfeito...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pinkshinyultrablast "Happy Songs For Happy Zombies" (EP 2009)


Guitarras enfurecidas, stomboxes e reverbs alucinados, amplificadores Marshall na soca, melodias frias e avassaladoras soterrando vocais femininos angelicais russos vindos direto de São Petersburgo. Este é o primeiro EP  deste bombástico e encantador quarteto que une Ambiente, Punk , noise pop e Shoegaze e é capaz de derreter geleiras. O nome pode parecer estranho, mas surgiu a partir do título do disco de 2005 de outra banda americana fodona chamada Astrobite. São apenas quatro canções, mas que já valem por um álbum inteiro. Ótima influência de majestrais nomes como Ride e My Bloody Valentine  fazem parte da perfeita sonoridade dos Russos do Pinkshinyultrablast. Trabalho perfeito mesmo e  recomendadíssimo.

Liars "Liars" (2007)


Banda formada em Nova Iorque em 2000. O Liars é uma mistura de rock alternativo, noise-rock, experimentalismo, post-punk, dance-punk entre outras doideras sempre de forma alta e psicótica, sempre beirando a loucura e a paranóia. Este é o quarto LP da banda que até então é formada por Angus Andrew - (Guitarra e Vocal),  Aaron Hemphill - (Guitarra,Vocal, bateria) e Julian Gross - (bateria). Destaques para a abertura do disco com viciante "Plaster Casts Of Everything", "Housecloud" com uma pegada um pouco mais eletro e para a meio robótica "Clear Island". Trabalho consideravelmente bom.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Polvo "Today's Active Lifestyles" (1993)


Guitarras descompassadas, dissonância, catatonia e desconstrução das melodias fazem desta mais uma obra-prima dos anos 90. A banda foi uma das mais influentes do cenário underground nos estados Unidos, apesar de ter permanecido meio camuflada aqui no Brasil. Este é o primeiro trampo desta banda americana formada em Chapel Hill, na Carolina do Norte (um dos grandes centros do indie rock dos anos 90), e que esteve na ativa entre 1992 e 1997, apesar deles terem se reunido e lançado mais um disco neste ano. Sua formação conta com Ash Bowie (guitar/vocals), Dave Brylawski (guitar/vocals), Steve Popson (bass) e Brian Quast (drums). Há uma mistura peculiar e interessantíma no som da banda, é uma espécie de Math Rock-Experimental-indie-noise extremamente imprevisível e anormal de certa forma, não há uma fórmula exata ou uma sequência a ser seguida. Nota 9 pra esse discaço de estréia deles.



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

The Flaming Lips "Hear It Is" (1986)


O Flaming Lips se formou em Oklahoma City em 1983, quando o guitarrista Wayne Coyne roubou alguns instrumentos musicais de uma igreja da região. Com Mark (irmão de Wayne) cantando e Michael Ivins no baixo, a banda fez seu primeiro show num bar de travestis. Pouco depois o baterista Richard English entrou na banda, Mark Coyne deixou a banda e Wayne assumiu a função de vocalista e de compositor. Essa formação gravou o primeiro disco, Hear It Is, lançado por um pequeno selo chamado Restless Records em 1986. Essa formação gravou mais dois álbuns pelo selo: Oh, my Gawd!.. The Flaming Lips de 1987 e Telephatic Surgery de 1988. Pois então trago mais um LP bacana do sir. Wayne Coyne e os lábios flamejantes. Eles já visitaram nossos posts anteriormente com o também maravilhoso "Transmissions From The Satellite Heart". Este é o primeiro disco da banda ainda que continua atuante e super aclamada no universo indie, alt. rock, ou sei lá eu qual for, chamado "Hear It Is" e lançado no ano de 1986. Lar de canções perfeitas como "Jesus Shooting Heroin", "With You", "Charlie Manson Blues", "Godzilla Flick" e praticamente todo o resto também. Noise, experimentalismo e loucura potencializada ao máximo.

Neils Children "X. ENC" (2009)


Mais um revival pós-punk que parece ter saído diretamente de uma tumba do início dos anos 80, mas desta vez com bastante originalidade e ênfase. O Neils Children surgiu no ano de 1999 em Cheshunt, Inglaterra. Formada por John Linger (guitarra e vocal) e Brandon Jacobs (bateria), a dupla ainda tem como membros temporários de banda Charles Boyer (baixo) e Paul Linger (percussão, samples) do Electricity In Our Homes, outra banda do caralho por sinal. A sonoridade dos caras é uma fusão entre o pós-punk, psychedelic, no wave e o indie-pop com comparações ao The Horrors e certa semelhança aos vocais de Bob Smith. Ouvi e curti...então deixo a dica pra vocês.







domingo, 18 de outubro de 2009

White Lies "To Lose My Life" (2009)


Banda indie-rock-80's de Ealing, oeste de Londres formada em outubro de 2007 das cinzas da Fear of Flying. Constituída por Harry McVeigh (vocal, guitarra, violão) Charles Cave (baixo e backing vocals), Jack Lawrence-Brown (bateria) eTommy Bowen ( teclados), durante as performances ao vivo. O estilo musical do White Lies tem sido descrito como "dark yet uplifting" pela mídia, comparações fortes com o Joy Division, Editors e Interpol e mais trocentas bandas dos gloriosos anos 80. Este é o primeiro LP dos caras,destaques para a faixa que dá nome ao álbum "To Lose My Life", "Death" e "A Place To Hide". Não chega a ser nenhum Bauhaus da vida mas vale a audição sem comprometimento algum.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Unwound "Repetition" (1996)


O Unwound foi uma banda americana baseada em Tumwater/Olympia. Formada em 1991, e conhecida inicialmente pelo nome de  Giant Henry, era constituída por Justin Trosper (vocalista, guitarrista e letrista), Vern Rumsey (baixista) e Brandt Sandeno (baterista), que viria a ser substituído por Sara Lund, em 1992. Esta formação iria permanecer a mesma até à dissolução da banda em 2002. O grupo estava fortemente associado com o selo Kill Rock Stars ao longo da década de 1990. A banda sempre foi assimilada ao noise-rock, post-hardcore e punk com guitarras dissonates e timbres singulares. As principais influências do Unwound incluiam Sonic Youth, Fugazi, Big Black, The Wipers, Black Flag, Rapeman, Pixies, Can, Mission of Burma, Hüsker Dü, Nation of Ulysses, Spacemen 3, Loop, Flipper, e Gang Of Four. Então deixo ao cargo de vocês mais um petardo básico dos incríveis anos 90 com muito noise e demência de primeira linha.

Chokebore "Black Black" (1998)


Formada no início de 1990 em Honolulu, Hawaii e, posteriormente, com sede em Los Angeles, Califórnia o Chokebore é considerado inovador do então movimento emergente sadcore no indie rock na década de 90. "Black Black"  representa um retrato do lado mais sombrio da banda, solidão, depressão, tristeza, morte e temas recorrentes.  Este LP é amplamente aceito na cena underground como uma uma verdadeira obra-prima .  Sua formação contava com o  guitarrista Jonathan Kroll, o baterista Christian Omar Madrigal Izzo(atualmente no Christian Death) , o vocalista Troy Von Balthazar e o baixista Frank G.





Melissa Auf Der Maur "Auf Der Maur" (2004)


Disco de estréia da ex-baixista do Hole e Smashing Pumpkims, Melissa Auf Der Maur. Intutulado apenas "Auf Der Maur", seu debut contou com nomes de peso na produção e gravação do álbum: Josh Homme, James Iha, Eric Erlandson, Paz Lechantin, Jeordie White, Nick Olivieri, Mark Lanegan, Adam Willard e John Stanier foram algumas das figurinhas que ajudaram para que esta maravilha viesse a tona. O resultado foi dos melhores possíveis, uma mistura de stoner-rock e  indie com guitarras super distorcidas e vocais libidinosos e sempre adocicados.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Loop "Heaven's End" (1987)


Banda formada em Croydon, cidade ao sul de Londres, em 1986 por Robert Hampson (guitarra, vocal), que se juntou a sua esposa Bex (bateria, substituída em 87 por John Wills) e Glen Ray (baixo, substituído em 88 por Neil McKay). Este é o primeiro LP desta incomparável e visceral banda. Com uma sonoridade garageira, destilando influências de krautrock e no wave, além de referências ao Velvet Underground e inspirados por The Birthday Party e Sonic Youth, o Loop é uma das bandas mais fodásticas que já existiram. Para se ter uma idéia do que foi a banda a imprensa costumava associar o som deles e a rotina do grupo ao uso de ácidos. É uma experiência única ouví-los, muitas vezes sinto como se fosse a trilha sonora de uma eterna Bad Trip. Aconselhável para viciados em fuzz, distorção, feedback, wah-wah e paranóias das mais diversas.

Skywave "Synthstatic" (2003)


Terceiro disco deste rolo compressor de puro noise e shoegazer chamado Skywave, formado por John Fedowitz, Oliver Ackermann e Paul Baker. A banda surgiu em 1995 e desempenhou um papel bastante importante na revitalização shoegaze nos Estados Unidos. É impressionante a atmosfera obscura e distorcida que os caras conseguiram criar apartir do clima pós-punk, da muralha de pedais e sintetizadores usados por eles. Influências diretas de My Bloody Valentine e The Jesus And Mary Chain. Pouco depois do lançamento do álbum Synthstatic, em 2004 Oliver Ackermann deixou o Skywave e formou a também impecável A Place To Bury Strangers, que aliás é outra banda genial e extremamente barulhenta. Os restantes dois membros, Paul Baker e John Fedowitz formaram o Ceremony, que notoriamente tornou-se fundamental na coleção de qualquer apreciador de noise rock de verdade.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

The Black Angels "Directions To See A Ghost" (2008)


Outra demência vinda diretamente de Austin, no Texas. Formada em Maio de 2004 e com o nome inspirado em uma das melhores canções de todos os tempos, "the black angel's death song" do Velvet Underground. O Black Angels conta com Stephanie Bailey (bateria, percussão, baixo), Christian Bland (guitarra, baixo, bateria), Kyle Hunt (teclado, percussão, baixo, guitarra), Alex Maas (vocal, baixo, guitarra, teclado, cítara) e Nate Ryan ( baixo, guitarra, bateria). Seu som é caracterizado por uma atmosfera psicodélica e sombria das mais dementes jamais ouvidas antes, uma mistura entre Velvet Underground, 13th Floor Elevators, The Warlocks e Black Mountain, capaz de entorpecer a sanidade do ser mais sóbrio que venha  a ouví-los. Ouça-os e sinta a loucura invadir lentamente sua alcova.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Janitor Joe "Big Metal Birds" (1993)


Banda formada em 1992, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Os membros fundadores da banda foram o guitarrista e vocalista Joachim Breuer, a baixista e vocalista Kristen Pfaff e o baterista Matt Entsminger. No entanto Kristen Pfaff acabou saindo da banda para entrar no Hole, a banda de Courtney Love.
Após a saída de Kristen Pfaff, a banda então recruta Wayne Davis e continua então a compor músicas e a viajar pelos estados unidos. A gravadora Amphetamine Reptile lança Lucky, o segundo álbum da banda, em 1994. Pfaff, àquela altura, estava cansada da depressiva Seattle, tirou uma licença do Hole e voltou ao Janitor Joe, para uma pequena turnê de primavera. No entanto, ela foi encontrada morta em junho do ano de 1994. A causa da morte havia sido uma overdose de heroína. O som da banda é uma espécie de noise rock meio metal com guitarras altamente distorcidas e vocais raivosos. Apesar de não ser nem um pouco fã de metal e cia, o som da banda é bem bacana e vale inteiramente a audição. Ótimo para exorcisar  demônios.

Steel Pole Bath Tub "The Miracle Of Sound In Motion" (1993)


Distorção, caos total e guitarras alucinadas fazem deste um disco essencial pra quem é viciado em barulho. O Steel Pole Bath Tub surgiu em 1986 em Bozeman, Montana nos Estados Unidos e durou até o ano de 2002. Com influência punk, hardcore e noise a banda chamava a atenção por seus concertos extremamentes barulhentos e caóticos com o uso de televisões e amostras de filmes. Sua formação contava com Mike Morasky (guitarra / vocal) e Dale Flattum (baixo / vocal) Darren Mor-X (bateria). Underground cavernoso de primeira, escute na soca até perder o juízo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Kinski "Don't Below It's Chaos (2007)


Vindos da famosa Seattle, em Washington nos Estados Unidos e juntos desde 1998, o Kinski é uma bandaça formada por Chris Martin (guitarra,vocal), Matthew Reid-Schwartz (guitarra, teclados, flauta), Lucy Atkinson (baixo), e Barrett Wilke (bateria).A banda já possui uma bagagem de 6 álbuns e é um dos carros-chefe da lendária gravadora Subpop. O som dos caras é caótico ao extremo, guitarradas violentas, Black Sabath meio stoner rock, desconstrução genial e visceral. Discaço de primeira mesmo pra bater cabeça e viajar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Osni "Lofi Computer" (2008)


Banda  francesa de Lille formada pelos irmãos Amandine e Sebástien e por mais Nicolas e Adrien. Sem dúvida alguma esta é uma das bandas mais esquizofrenicas da história. Este é um álbum para amantes de noise mesmo, catatonia altamente voluptuosa. Sexy Noisy Frenchies como está descrito no MySpace  da banda além de influências surfers and  shoegazers. Imagine  Sonic Youth-60's-lexotan6mg-strippers-tudo em doses cavalares... eis a maravilha demente de sotaque francês e guitarras doentias chamada Osni. Ah, e antes de tudo obrigado ao grandioso The Blog That Celebrates Itself que foi de onde descobri este verdadeiro achado.

Sunsplit "Sing For Sunday" (2007)


Primeiríssimo trabalho desta banda/duo formada pelo casal multiinstrumentista Aislinn & Ryan Van Kriedt e gravado no ano de 2007. Há ecos de Velvet Underground, The Jesus And Mary Chain e outras preciosidades nesta obra extremamante belíssima e fundamental. Pop perfeito, ora com guitarras cruas e psicóticas, ora com suaves arranjos dando apoio a voluptuosidade dos vocais de ambos. Aconselho demais este trabalho impecável do Sunsplit. Tenho certeza que todos irão surtar ao ouvir esta maravilha de primeira que é a estréia desta banda.

sábado, 19 de setembro de 2009

Swirlies "Blonder Tongue Audio Baton" (1993)


Depois do formidável "They Spent Their Wild Youthful Days in the Glittering World of the Salons" trago o primeiro LP desta inigualável banda que anda gastando meu dvd e som. Um pouco mais cru e urgente que o segundo mas altamente viciante e preciso e sempre certeiro. Andei vasculhando na NET sobre o Swirlies e acabei descobrindo que no site da banda os caras disponibilizam praticamente todo o material da banda em MP3. Então deixo a dica e o link direto pra vocês. Aí vai: http://rcarchives.com/swirlies/. Bom fim de semana a todos e ótimas descobertas sonoras.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Swirlies "They Spent Their Wild Youthful Days in the Glittering World of the Salons" (1996)

Considero este um dos 10 melhores discos esquecidos da década de 90. Guitarras precisas com forte influência shoegazer mas porém não tão descontroladas, é uma espécie de esquizofrenia moderada. O Swirlies é uma banda de Boston/Cambridge, Massachusetts formada em 1990 e este é seu segundo álbum, lançado em 1996. Eles passeiam pelo indie rock, noise e pelo shoegazer brilhantemente. É impressionate com uma obra tão genial e extasiante como esta possa ser deixada de lado por tanto tempo dando lugar a bandas vazias e efêmeras. A formação original contava com Damon Tutunjian (guitarra/vocal), Seana Carmody (guitarra/vocal), Andy Bernick (baixo), e Ben Drucker (bateria). Aproveitem mais esta santidade stereo do universo underground. Boa audição.

sábado, 12 de setembro de 2009

The Fall "Live At The Witch Trials" (1979)

Apesar do nome do álbum ser "Live At The Witch Trials" não se engane, pois ele foi inteiramente gravado em um estúdio. Pois bem,este é o primeiro LP do The Fall, que contava com Mark E. Smith (vocais e guitarra), Martin Bramah (guitarra e backing vocais), Marc Riley (baixo) e Karl Burns (bateria) .Foi gravado em apenas um dia em dezembro de 78. A banda também já esteve presente aqui no Sussurros & Escarros com o extremamente necessário "Bend Sinister" de 1986. Apesar de mais de 20 e poucos álbuns de estúdio e mais uma barbaridae de EPs e singles a banda continua em constante processo criativo mesmo com a constante troca de integrantes. Mark E. Smith foi um gênio durante toda a sua existência e pra mim e mais um monte de gente com certeza sempre será. Que venham então mais 50 álbuns deste incansável artista que é mestre no que faz.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Viana Moog "EP Chagas Adesivas" (2007)

É complicado escrever sobre um bando de amigos que fazem algo simplesmente genial, então por isso resolvi catar a matéria sobre esta inigualável banda formada há cerca de 10 anos na cidade de São Leopoldo/RS que saiu na Revista Rolling Stone na edição de janeiro de 2009:
QUEM

O nome insinua remoto parentesco com o engenheiro de som Robert Moog (cuja invenção do sintetizador, em 1944, revolucionou o pop). Porém, a ancestralidade do quinteto de São Leopoldo (RS) é outra. O "Moog" é referência ao escritor gaúcho Clodomir Viana Moog, que escreveu o ensaio polêmico Heróis da Decadência (1939).


O DISCO NOVO

A banda existe há dez anos e tinha um EP gravado, Boemia Adolescente Após os 30. Recentemente, lançou o primeiro álbum, homônimo, produzido por Iuri Freiberger e que explora as facetas que mais os atraem: barulho e literatura, com influências de MC5, The Seeds, Black Sabbath, Frank Zappa, Primal Scream, King Crimson, Henry Miller, Oswald de Andrade e García Lorca. O resultado são associações musicais que utilizam o metódo "cut-ups" do movimento dadaísta, como na quase slogan "Vertiplano": "Coca, sweet e iceberg/ quero um jeito sexy de me suicidar/ anjos são suínos mas sabem voar".

O FUTURO

A banda diz preferir não se embalar nos rótulos roqueiros e também não se identifica com o termo "rock gaúcho". Criou, então, uma definição para si mesma: a "não-onda", que define grupos que "sempre estiveram por fora", nas palavras do baixista Cezar Emmanuel. "Pode ser que, por milagre, um dia sejamos a 'bola da vez'. Mas não temos a pretensão. Sequer temos um 'uniforme'. Na verdade, é isso que nos dá condições de tocar ao lado das bandas de terninhos mod, de cabelos emo ou com a turma indie." O excruciante barulho de guitarras é a unanimidade única entre os integrantes. "Faz parte daquela coisa: 'Ei, estamos aqui!'", define Cezar. "Também refl ete o caos suburbano que vivemos. As microfonias e os ruídos são o nosso som ambiente."
São apenas 3 canções que compõe este EP mas já podemos ter uma noção do que está por vir, a banda é puro noise poetry, você tem a sensação de poder enlouquecer em um show dos caras. Portanto fiquem com a maior banda do RS na minha modesta opinião.

The Low Frequency in Stereo "The Last Temptation of… Vol.1" (2006)

Mais um LP fantástico desta banda fundada em fevereiro de 2000, em Haugesund, Noruega. Eles já passaram pelo Sussurros & Escarros com o essencial álbum intitulado "Futuro" ainda deste ano. Seu som foi descrito pelo editor sênior da revista Rolling Stone, David Fricke como uma mistura de The Doors, Joy Division e Dick Dale. A banda é conhecida tanto na Noruega e internacionalmente e têm desempenhado festivais de renome como Quart, Dour e South By Southwest . Com certeza é uma das mais  formidáveis bandas surgidas nesta última década. Fiquem portanto com mais uma uma pérola ainda pouco conhecida e reverenciada.

Furry Things "The Big Saturday Illusion" (1996)

Catatonia total, desconstrução da melodia a base de pancadas, reinvenção do pop, beleza mergulhada em ácido sulfúrico, microfonias assoviáveis em tardes de puro rivotril. É isso que me ocorre sobre o Furry Things enquanto os ouço e os passo adiante. Mas bem, voltemos a realidade...Este é o primeiro álbum da banda formada em 1993 por Ken Gibson, Cathy Shive, Chris Micheals e Charlie Woodburn. O som dos caras lembra bastante My Bloody Valentine mas sem em hipótese alguma perder o brilho próprio. Shoegazer esganiçado noise feedbacks experimentações tudo misturado em doses exatas fazem desta uma mais uma obra prima perdida e perfeita dos anos 90. Consuma em doses cavalares...