terça-feira, 27 de outubro de 2009

Gordons "1st Album And Future Shock EP" (1981)


Banda muito importante na história de Christchurch e na cena musical da Nova Zelândia. Os Gordons foram com certeza uma das maiores bandas de seu país e do resto do mundo, tendo sido citados como inspiração para bandas como o Sonic Youth por exemplo. Sua formação contava com Alistair Parker  (Guitarra / Baixo / Vocal), John Halvorsen  (Guitarra / Baixo / Vocal) e Brent McLaughin (bateria). Tiveram uma discografia e carreira curta em decorrência de alguns problemas alucinógenos: Alistair Parker deixou a banda depois de encontrar Deus (segundo as informações recebidas através de drogas).
Halvorsen e McLaughin mantiveram a banda sem Parker, utilizando Vince Pinker. Eles lançaram mais alguns trabalhos, mas sem a mesma notoriedade e impacto que tiveram anteriormente com a formação original. Alistair Parker finalmente pousou no planeta terra alguns anos mais tarde e em seguida formou o Nelsh Bailter Space, que algum tempo depois viria a se chamar apenas Bailter Space e que após várias trocas de integrantes viria a juntar todos os ex-Gordons novamente na mesma banda. Pois então fica a dica pra vocês e deixo o primeiro LP dos Gordons que acabou sendo lançado junto com o EP Future Shock pela extraordinária Flying Nun. Post-punk-experimentalismo-psicodelia-garage em 10 canções absurdamente perfeitas.
 



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Chrome Cranks "Dead Cool" (1995)


Imaginem The Birthday Party, The Fall e Iggy Pop juntos, pois bem a sensação que o som dos Chrome Cranks me passa é essa. Uma mistura perfeita e doida de Garage rock, Post-punk, Garage punk, noise, porres e mais porres, mesas de bar viradas, cadeiras estilhaçadas, gente trepando sobre mesas de sinucas, uma viagem extremamente drunken pelo subsolo. Surgidos na cidade de Cincinnati, Ohio, em meados de 1988, o grupo fez sua estréia abrindo shows para o Pussy Galore, em sua formação constavam Peter Aaron, William Weber, Jerry Teel (ex-Honeymoon Killers) e Dan Willis. Este é o segundo trabalho da banda, antes desse LP lançaram um álbum homônimo. Pois bem, apertem bem os cintos pra essa insanidade sonora, pois com certeza eles farão um estrago bem grande nos seus miolos.

sábado, 24 de outubro de 2009

Gliss "Devotion Implosion" (2009)


Segundo trabalho deste trio oriundo de Los Angeles,USA formado por Martin Klingman, Victoria Cecilia e David Reiss. O Gliss que no seu debut intitulado “Love The Virgins” teve os elogios do mestre Billy Corgan, agora ataca com um climão mais inglês altamente influenciados pelos fodões My Blood Valentine, Ride e The Jesus And Mary Chain além do próprio grupo de Billy Corgan dos dois primeiros discos, “Gish” e “Siamese Dream”. Logo na primeira faixa chamada "Morning Light" é inevitável a presença do clima libidinoso e extremamente distorcido criado pelos irmãos Reid há cerca de 20 anos atrás. Destaques para as canções “29 Acts Of Love”, "Sleep", "Anybody Inside" e "The Patrol". Viagem ácida garantida, excitação também. Prova mais do que concreta que esta não é uma banda hype e muito menos fogo-de-palha. Pois bem, longa vida ao Gliss.

Garageland "Last Exit To Garageland" (1996)


O Garageland foi uma das melhores bandas saídas da Nova Zelândia e que integraram a fantástica gravadora Flying Nun, lar de bandas como Bailter Space, Gordons, 3ds, The verlaines, Headless Chickens,The Bats, The Terminals e por aí vai...
Com influências diretas de Pixies, Pavement, The Clean e The Velvet Underground a banda contava com Andrew Gladstone (bateria / vocal), Jeremy R. Eade (vocal / guitarra), Andrew (Clanger), Claridge (guitarra), Dave Goodison (guitarra / bandolim / voz), Mark Silvey (baixo / vocal) e Debbie Silvey (guitarra) apenas durante as primeiras gravações, incluindo "Last Exit to Garageland". Este foi o debut da banda lançado em junho de 1996 fazendo parte de uma curta discografia com apenas mais dois LPs lançados. Para viciados em Pixies e no que de melhor havia em meados dos anos 90 este álbum com certeza será um prato cheio. Pop ácido perfeito...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pinkshinyultrablast "Happy Songs For Happy Zombies" (EP 2009)


Guitarras enfurecidas, stomboxes e reverbs alucinados, amplificadores Marshall na soca, melodias frias e avassaladoras soterrando vocais femininos angelicais russos vindos direto de São Petersburgo. Este é o primeiro EP  deste bombástico e encantador quarteto que une Ambiente, Punk , noise pop e Shoegaze e é capaz de derreter geleiras. O nome pode parecer estranho, mas surgiu a partir do título do disco de 2005 de outra banda americana fodona chamada Astrobite. São apenas quatro canções, mas que já valem por um álbum inteiro. Ótima influência de majestrais nomes como Ride e My Bloody Valentine  fazem parte da perfeita sonoridade dos Russos do Pinkshinyultrablast. Trabalho perfeito mesmo e  recomendadíssimo.

Liars "Liars" (2007)


Banda formada em Nova Iorque em 2000. O Liars é uma mistura de rock alternativo, noise-rock, experimentalismo, post-punk, dance-punk entre outras doideras sempre de forma alta e psicótica, sempre beirando a loucura e a paranóia. Este é o quarto LP da banda que até então é formada por Angus Andrew - (Guitarra e Vocal),  Aaron Hemphill - (Guitarra,Vocal, bateria) e Julian Gross - (bateria). Destaques para a abertura do disco com viciante "Plaster Casts Of Everything", "Housecloud" com uma pegada um pouco mais eletro e para a meio robótica "Clear Island". Trabalho consideravelmente bom.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Polvo "Today's Active Lifestyles" (1993)


Guitarras descompassadas, dissonância, catatonia e desconstrução das melodias fazem desta mais uma obra-prima dos anos 90. A banda foi uma das mais influentes do cenário underground nos estados Unidos, apesar de ter permanecido meio camuflada aqui no Brasil. Este é o primeiro trampo desta banda americana formada em Chapel Hill, na Carolina do Norte (um dos grandes centros do indie rock dos anos 90), e que esteve na ativa entre 1992 e 1997, apesar deles terem se reunido e lançado mais um disco neste ano. Sua formação conta com Ash Bowie (guitar/vocals), Dave Brylawski (guitar/vocals), Steve Popson (bass) e Brian Quast (drums). Há uma mistura peculiar e interessantíma no som da banda, é uma espécie de Math Rock-Experimental-indie-noise extremamente imprevisível e anormal de certa forma, não há uma fórmula exata ou uma sequência a ser seguida. Nota 9 pra esse discaço de estréia deles.



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

The Flaming Lips "Hear It Is" (1986)


O Flaming Lips se formou em Oklahoma City em 1983, quando o guitarrista Wayne Coyne roubou alguns instrumentos musicais de uma igreja da região. Com Mark (irmão de Wayne) cantando e Michael Ivins no baixo, a banda fez seu primeiro show num bar de travestis. Pouco depois o baterista Richard English entrou na banda, Mark Coyne deixou a banda e Wayne assumiu a função de vocalista e de compositor. Essa formação gravou o primeiro disco, Hear It Is, lançado por um pequeno selo chamado Restless Records em 1986. Essa formação gravou mais dois álbuns pelo selo: Oh, my Gawd!.. The Flaming Lips de 1987 e Telephatic Surgery de 1988. Pois então trago mais um LP bacana do sir. Wayne Coyne e os lábios flamejantes. Eles já visitaram nossos posts anteriormente com o também maravilhoso "Transmissions From The Satellite Heart". Este é o primeiro disco da banda ainda que continua atuante e super aclamada no universo indie, alt. rock, ou sei lá eu qual for, chamado "Hear It Is" e lançado no ano de 1986. Lar de canções perfeitas como "Jesus Shooting Heroin", "With You", "Charlie Manson Blues", "Godzilla Flick" e praticamente todo o resto também. Noise, experimentalismo e loucura potencializada ao máximo.

Neils Children "X. ENC" (2009)


Mais um revival pós-punk que parece ter saído diretamente de uma tumba do início dos anos 80, mas desta vez com bastante originalidade e ênfase. O Neils Children surgiu no ano de 1999 em Cheshunt, Inglaterra. Formada por John Linger (guitarra e vocal) e Brandon Jacobs (bateria), a dupla ainda tem como membros temporários de banda Charles Boyer (baixo) e Paul Linger (percussão, samples) do Electricity In Our Homes, outra banda do caralho por sinal. A sonoridade dos caras é uma fusão entre o pós-punk, psychedelic, no wave e o indie-pop com comparações ao The Horrors e certa semelhança aos vocais de Bob Smith. Ouvi e curti...então deixo a dica pra vocês.







domingo, 18 de outubro de 2009

White Lies "To Lose My Life" (2009)


Banda indie-rock-80's de Ealing, oeste de Londres formada em outubro de 2007 das cinzas da Fear of Flying. Constituída por Harry McVeigh (vocal, guitarra, violão) Charles Cave (baixo e backing vocals), Jack Lawrence-Brown (bateria) eTommy Bowen ( teclados), durante as performances ao vivo. O estilo musical do White Lies tem sido descrito como "dark yet uplifting" pela mídia, comparações fortes com o Joy Division, Editors e Interpol e mais trocentas bandas dos gloriosos anos 80. Este é o primeiro LP dos caras,destaques para a faixa que dá nome ao álbum "To Lose My Life", "Death" e "A Place To Hide". Não chega a ser nenhum Bauhaus da vida mas vale a audição sem comprometimento algum.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Unwound "Repetition" (1996)


O Unwound foi uma banda americana baseada em Tumwater/Olympia. Formada em 1991, e conhecida inicialmente pelo nome de  Giant Henry, era constituída por Justin Trosper (vocalista, guitarrista e letrista), Vern Rumsey (baixista) e Brandt Sandeno (baterista), que viria a ser substituído por Sara Lund, em 1992. Esta formação iria permanecer a mesma até à dissolução da banda em 2002. O grupo estava fortemente associado com o selo Kill Rock Stars ao longo da década de 1990. A banda sempre foi assimilada ao noise-rock, post-hardcore e punk com guitarras dissonates e timbres singulares. As principais influências do Unwound incluiam Sonic Youth, Fugazi, Big Black, The Wipers, Black Flag, Rapeman, Pixies, Can, Mission of Burma, Hüsker Dü, Nation of Ulysses, Spacemen 3, Loop, Flipper, e Gang Of Four. Então deixo ao cargo de vocês mais um petardo básico dos incríveis anos 90 com muito noise e demência de primeira linha.

Chokebore "Black Black" (1998)


Formada no início de 1990 em Honolulu, Hawaii e, posteriormente, com sede em Los Angeles, Califórnia o Chokebore é considerado inovador do então movimento emergente sadcore no indie rock na década de 90. "Black Black"  representa um retrato do lado mais sombrio da banda, solidão, depressão, tristeza, morte e temas recorrentes.  Este LP é amplamente aceito na cena underground como uma uma verdadeira obra-prima .  Sua formação contava com o  guitarrista Jonathan Kroll, o baterista Christian Omar Madrigal Izzo(atualmente no Christian Death) , o vocalista Troy Von Balthazar e o baixista Frank G.





Melissa Auf Der Maur "Auf Der Maur" (2004)


Disco de estréia da ex-baixista do Hole e Smashing Pumpkims, Melissa Auf Der Maur. Intutulado apenas "Auf Der Maur", seu debut contou com nomes de peso na produção e gravação do álbum: Josh Homme, James Iha, Eric Erlandson, Paz Lechantin, Jeordie White, Nick Olivieri, Mark Lanegan, Adam Willard e John Stanier foram algumas das figurinhas que ajudaram para que esta maravilha viesse a tona. O resultado foi dos melhores possíveis, uma mistura de stoner-rock e  indie com guitarras super distorcidas e vocais libidinosos e sempre adocicados.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Loop "Heaven's End" (1987)


Banda formada em Croydon, cidade ao sul de Londres, em 1986 por Robert Hampson (guitarra, vocal), que se juntou a sua esposa Bex (bateria, substituída em 87 por John Wills) e Glen Ray (baixo, substituído em 88 por Neil McKay). Este é o primeiro LP desta incomparável e visceral banda. Com uma sonoridade garageira, destilando influências de krautrock e no wave, além de referências ao Velvet Underground e inspirados por The Birthday Party e Sonic Youth, o Loop é uma das bandas mais fodásticas que já existiram. Para se ter uma idéia do que foi a banda a imprensa costumava associar o som deles e a rotina do grupo ao uso de ácidos. É uma experiência única ouví-los, muitas vezes sinto como se fosse a trilha sonora de uma eterna Bad Trip. Aconselhável para viciados em fuzz, distorção, feedback, wah-wah e paranóias das mais diversas.

Skywave "Synthstatic" (2003)


Terceiro disco deste rolo compressor de puro noise e shoegazer chamado Skywave, formado por John Fedowitz, Oliver Ackermann e Paul Baker. A banda surgiu em 1995 e desempenhou um papel bastante importante na revitalização shoegaze nos Estados Unidos. É impressionante a atmosfera obscura e distorcida que os caras conseguiram criar apartir do clima pós-punk, da muralha de pedais e sintetizadores usados por eles. Influências diretas de My Bloody Valentine e The Jesus And Mary Chain. Pouco depois do lançamento do álbum Synthstatic, em 2004 Oliver Ackermann deixou o Skywave e formou a também impecável A Place To Bury Strangers, que aliás é outra banda genial e extremamente barulhenta. Os restantes dois membros, Paul Baker e John Fedowitz formaram o Ceremony, que notoriamente tornou-se fundamental na coleção de qualquer apreciador de noise rock de verdade.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

The Black Angels "Directions To See A Ghost" (2008)


Outra demência vinda diretamente de Austin, no Texas. Formada em Maio de 2004 e com o nome inspirado em uma das melhores canções de todos os tempos, "the black angel's death song" do Velvet Underground. O Black Angels conta com Stephanie Bailey (bateria, percussão, baixo), Christian Bland (guitarra, baixo, bateria), Kyle Hunt (teclado, percussão, baixo, guitarra), Alex Maas (vocal, baixo, guitarra, teclado, cítara) e Nate Ryan ( baixo, guitarra, bateria). Seu som é caracterizado por uma atmosfera psicodélica e sombria das mais dementes jamais ouvidas antes, uma mistura entre Velvet Underground, 13th Floor Elevators, The Warlocks e Black Mountain, capaz de entorpecer a sanidade do ser mais sóbrio que venha  a ouví-los. Ouça-os e sinta a loucura invadir lentamente sua alcova.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Janitor Joe "Big Metal Birds" (1993)


Banda formada em 1992, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Os membros fundadores da banda foram o guitarrista e vocalista Joachim Breuer, a baixista e vocalista Kristen Pfaff e o baterista Matt Entsminger. No entanto Kristen Pfaff acabou saindo da banda para entrar no Hole, a banda de Courtney Love.
Após a saída de Kristen Pfaff, a banda então recruta Wayne Davis e continua então a compor músicas e a viajar pelos estados unidos. A gravadora Amphetamine Reptile lança Lucky, o segundo álbum da banda, em 1994. Pfaff, àquela altura, estava cansada da depressiva Seattle, tirou uma licença do Hole e voltou ao Janitor Joe, para uma pequena turnê de primavera. No entanto, ela foi encontrada morta em junho do ano de 1994. A causa da morte havia sido uma overdose de heroína. O som da banda é uma espécie de noise rock meio metal com guitarras altamente distorcidas e vocais raivosos. Apesar de não ser nem um pouco fã de metal e cia, o som da banda é bem bacana e vale inteiramente a audição. Ótimo para exorcisar  demônios.

Steel Pole Bath Tub "The Miracle Of Sound In Motion" (1993)


Distorção, caos total e guitarras alucinadas fazem deste um disco essencial pra quem é viciado em barulho. O Steel Pole Bath Tub surgiu em 1986 em Bozeman, Montana nos Estados Unidos e durou até o ano de 2002. Com influência punk, hardcore e noise a banda chamava a atenção por seus concertos extremamentes barulhentos e caóticos com o uso de televisões e amostras de filmes. Sua formação contava com Mike Morasky (guitarra / vocal) e Dale Flattum (baixo / vocal) Darren Mor-X (bateria). Underground cavernoso de primeira, escute na soca até perder o juízo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Kinski "Don't Below It's Chaos (2007)


Vindos da famosa Seattle, em Washington nos Estados Unidos e juntos desde 1998, o Kinski é uma bandaça formada por Chris Martin (guitarra,vocal), Matthew Reid-Schwartz (guitarra, teclados, flauta), Lucy Atkinson (baixo), e Barrett Wilke (bateria).A banda já possui uma bagagem de 6 álbuns e é um dos carros-chefe da lendária gravadora Subpop. O som dos caras é caótico ao extremo, guitarradas violentas, Black Sabath meio stoner rock, desconstrução genial e visceral. Discaço de primeira mesmo pra bater cabeça e viajar.