segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

The Joy Formidable "The Big Roar" (2011)

Passado um pouco mais de um ano do lançamento de A Ballon Called Moaning, de 2009 e que erroneamente havia sido tratado como o debut da banda, eis que o The Joy Formidable retorna as páginas do blog para desta vez sim, presentear-nos com o seu disco de estréia oficial, "The Big Roar" para êxtase total deste que vos escreve. Se em sua pré-estréia a banda já havia provado todo o seu torpor em canções certeiras de guitarras flamejantes e vocais perfeitos, em "The Big Roar" o trio gaulês Ritzy Bryan, Rhydian Dafydd e Matt Thomas acerta novamente na dose cavalar e entorpecente de guitarras altamente distorcidas em melodias de uma autenticidade e qualidade incríveis, unindo referências de bandas como The Breeders, Arcade Fire, Throwing Muses, Ride e tantas outras que de certa forma ajudam a transformar este debut em um dos mais, se não o mais genial deste ano lançado até este devido instante. Canções como "Austere", "Whirring" e "Cradle" que anteriormente já ressoavam poderosíssimas no EP "A Ballon Called Moaning", agora ganharam uma roupagem um pouco mais densa sob sua estrutura, com guitarras mais estridentes e efeitos diversos, tornado-as clássicos instantâneos e absolutamente viciantes. Ao todo, 12 canções para lavar o espírito na companhia de umas das bandas mais incríveis destes últimos anos, The Joy Formidable!!!

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domingo, 30 de janeiro de 2011

Blind Mr. Jones "Stereo Musicale" (1992)

Construindo uma fórmula que unia o wall of sound de bandas como Ride a atmosferas de rock progressivo, a banda Blind Mr. Jones alcançou uma identidade própria dentro do gênero shoegaze tornando-se um expoente pouco convencional dentre as inúmeras bandas que circulavam pela mídia no cenário underground na década de 90. A banda surgiu em Marlow, Inglaterra no ano de 1991 e teve uma vida prematura nas mãos de Richard Moore (guitarra, vocal), James Franklin (guitarra), Will Teversham (vocais, guitarra, baixo) e Jon White (bateria), lançando apenas dois LPs em sua trajetória: "Stereo Musicale", de 1992 e "Tatooine", de 1994 além de dois EPs, um single e duas compilações. Porém, mesmo tendo uma carreira meteórica a banda garantiu seu espaço credenciado a fãs fervorosos tais como este, que vos escreve. Disco obrigatório dentre tantos outros que glorificaram os anos 90. Essencial!!!





Yuck "Self Titled" (2011)

Uma das grandes estréias de 2011 sem dúvida alguma é esta da banda Yuck, com seu disco auto-intitulado lançado no início deste ano e que certamente levará as nuvens fãs de My Bloody Valentine, Teenage Fanclub e Dinosaur Jr. A banda Yuck, surgida a partir das cinzas de outra banda excepcional chamada Cajun Dance Party, foi formada por Max Bloom e Daniel Blumberg em 2009 após o hiato de sua banda anterior juntamente a outros integrantes vindos de países distintos. Sua verve baseia-se especialmente na década de 90, exasperando indie-rock, noise-pop, lo-fi e shoegazer por todos os poros em uma obra genialmente brilhante. "Get Away", "The Wall", "Shook Down", "Holing Out", "Suicide Policeman", "Georgia", "Suck", "Stutter", "Operation", "Sunday", "Roses Gives A Lilly" e "Rubber", 12 canções extraordinárias que de longe já encabeçam meus lançamentos preferidos deste ano, este que acaba de iniciar ruidosamente e maravilhosamente bem. Nota 10!!!


Thousand Yard Stare "Hands On" (1992)

Banda inglesa de Slough, Berkshire que esteve por poucos anos na ativa durante a década de 90, para ser mais preciso seu legado se deu no ano de 1989 até o ano de 1993. A banda, formada por Stephen Barnes, Dominic Bostock, Giles Duffy, Kevin Moxon e Sean McDonough foi responsável por dois álbuns acima da média, seu debut intitulado "Hands On" (este que venho a postar no blog) e "Mappamundi" de 1993 além de uma série bastante generosa de EPs lançados durante sua junção. Apesar de um certo reconhecimento junto a crítica e fãs, o brilho da banda foi sendo apagado pela explosão incontrolável da cena Britpop que rapidamente assolava o mundo e trazia-nos a tona nomes como Blur e Suede. Pois bem, apesar do esquecimento, Thousand Yard Stare deixou-nos duas obras bem bacanas e que certamente merecem sua devida atenção. Indie-rock com pegadas Britpop dignos de total respeito. Boa audição!!!



Savage Republic "Tragic Figures" (1982)

Debut desta banda surgida junto ao underground de Los Angeles, EUA na década de 80. O Savage Republic atingiu uma reputação surpreendente , em virtude de seus cinco discos de estúdio hipnotizantes e de suas lendárias performances ao vivo, unindo exposições tribais a linhas de baixo minimalistas, percussões e metais exóticos, cantos primais, melodias orientais, guitarras com certa influência surf-music em atmosferas fulminantes regidas por um post-punk e industrial de primeiríssima linha. 



Black Mekon "Broke Into Always On" (2009)

Black Mekon é um trio formado em Birmingham, Inglaterra por Steve Mekon (vocal, guitarra), Dave Mekon (guitarra, vocal) e Dan Mekon (bateria e backing vocals) e sua sonoridade pode ser associada a uma fusão estarrecedora e completamente non-sense entre John Lee Hooker, Pussy Galore e Jon Spencer Blues Explosion. "Broke Into Always On" é o segundo disco da banda, lançado em 2009 e reflete toda a temática punk-trash-blues altamente embriagada da banda em canções cruas e primitivas, um verdadeiro exorcismo sonoro feito para incendiar qualquer ouvido desavisado. Esta pérola contém 11 canções que nos refletem temas sobre prostitutas, desilusões amorosas, medicamentos e assombrações, um soco na boca do estômago  e um banho de água gelada para quem está acostumado com estas bandas modernóides que abusam de tecladinhos limpos e caretice comportamental. Altamente aconselhado!!!


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

V/A "A Means To An End: The Music Of Joy Division" (1995)

1 Girls Against Boys "She's Lost Control"
2 Honeymoon Stitch "Day Of The Lords"
3 Moby "New Dawn Fades"
4 Low "Transmission"
5 Codeine "Atmosphere"
6 Further "Insight"
7 Stanton Miranda "Love Will Tear Us Apart"
8 Starchildren "Isolation"
9 Kendra Smith "Heart An Soul"
10 Versus "Twenty Four Hours"
11 Desert Storm "Warsaw"
12 Godheadsilo "They Walk In Line"
13 Face To Face "Interzone"
14 Tortoise "As You Said"


domingo, 16 de janeiro de 2011

Je Suis Animal "Self-Taught Magic From A Book" (2008)

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Debut desta banda formada no Reino Unido em 2004 por Elim Grimstad, Anthony Barrat, Matt Baguley e Merete Hald, duas garotas norueguesas e dois rapazes Ingleses. O Je Suis Animal nos brinda com seu excepcional álbum de estréia intitulado "Self-Taught Magic From A Book" em uma mistura genuína de indie oitentista com doses psicodélicas sessentistas, shoegazer e dream pop em canções de uma leveza e beleza devastadora. Sua sonoridade passeia delicadamente entre Stereolab, The Shop Assistants, My Bloody Valentine, The Marine Girls e The Vaselines em melodias que beiram a ingenuidade aliadas a temas mais complexos inseridos nos temas de suas composições. Indie pop feito com enorme maestria transformando este debut do Je Suis Animal em uma obra altamente obrigatória de pura mágica em climas extremamente confortantes para elevar o espírito ao ápice total.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Looking For Jenny "Random Walk EP" (2010)

Captando toda a essência lo-fi desleixada e a atmosfera non-sense fundida a guitarras ruidosas típicas dos anos 90, eis o primeiro trabalho da promissora banda paulista de São Carlos, Looking For Jenny.  Inicialmente gerada a partir de gravações caseiras e precárias de seu membro fundador Thiago Werlang e de toda sua verve noventista influenciada por nomes geniais como Dinosaur Jr, Pavement, Eric's Trip, Killing Chainsaw e Sonic Youth a ex-banda de um homem só rapidamente agregou outros membros ao seu núcleo: Otávio (guitarra), Bruno (baixo) e Benette (bateria) e teve o relançamento de seu EP, "Random Walk" através do importantíssimo selo indie Brazuca Transfusão Noise Records, lar de bandas e projetos indie super bacanas em território nacional. "Do You Need More Fuzz", "I'll Let You Fall", "Squeezed Light", "Plastic Gun", "Ballad For Ed", "Clowns In Flames", "Everyday Is The Same", "Happiness" e "Por Enquanto" são nove canções onde as guitarras altamente distorcidas enfatizam toda a singularidade das letras que abordam temas sobre física, Ed Motta, noise, ansiedade, palhaços e felicidade. Estréia fervorosamente recomendada para fãs de indie, noise, lo-fi, alt-rock e órfãos da cena underground brasileira da década de noventa, que ruidosamente nos alegrava junto aos maravilhosos petardos lançados por bandas como Pin Ups e Second Come. Nota 10 para esta obra de um dos herdeiros diretos de uma das décadas mais geniais e barulhentas da história. 

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