segunda-feira, 17 de outubro de 2011

lavalsa "lavalsa" (2011)


01 Simon's Song
02 Grissitar
03 Impossible Dreams
04 She Floats

Complicado é pegar um disco para resenhar, achá-lo ótimo e ter que se contentar com apenas 04 músicas. A faixa de abertura tem guitarras tenazes e um andamento esperto, isso tudo com um vocal certíssimo sobre esse cara que acha o mundo estranho. A instrumental Grissitar é a pausa antes da melancólica Impossible Dreams, que lembra, em suas passagens mais pesadas, noventeiras como Pist*On e canções soturnas do Anathema.

Mas o fechamento do disco foi que me cativou. She Floats, canção verdadeiramente filha do SY, com um vocal lindão demais, desapegado e despojado, candidata ao som mais maneiro que ouvi ultimamente.

Agora é esperar por um full-lenght, essas doses homeopáticas estão me deixando ansioso demais.


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

s.o.m.a. "Deus Ex Machina" (2011)


01 dogma
02 moirae
03 through a glass darkly
04 .g
05 the myth of sisyphus

Eu já andava bastante curioso em ouvir este disco, principalmente após ouvir um streaming de Dogma, a faixa de abertura deste disco, mas também pelo fato de conhecer o som da s.o.m.a. desde o lançamento de Om. Naqueles dias eu ouvia muito post rock, e esses caras me chamaram a atenção.

Então, eu não sabia que o Lucas também tocava na Herod Layne, outra banda muito bacana que tive a oportunidade de ver em Porto Alegre no Sinewave Festival, bem no meio do carnaval deste ano. Foi lá que conheci esse cara, que estava aparentemente tenso antes do show, mas isso acontece com todos nós...

O Al foi quem me colocou a par da multifuncionalidade do Lucas, e quando contei para ele que curtia muito essa banda me pediu que resenhasse este disco, "beleza", pensei, e está sendo muito bom fazê-lo. Deus Ex Machina possui uma infinita série de referências ao estilo mais reflexivo do rock alternativo. Ali, de cara, encontrei um pouco da minha banda favorita desta área, Yndi Halda, porém com aquelas saídas cheias de diminutas, herança metálica, que se vê nas progressões que a banda toma como direção, lembrando muito sons como Parhelia e canções mais pesadas do Mogwai. Claro que a banda não é um acúmulo de referências, ela tem seu lado único, motivo que sempre me levou a curti-la. Seus arranjos em violões com alternâncias entre 3/4 e 4/4 são de bom gosto elevado, onde se vê a coragem de brincar com valsa, música romântica e diminutos 'diabolos in musica', tudo isto cercado de muralhas emocionais erguidas com guitarras muito pesadas, bateria inspirada e baixo marcante. Fora o solo de '.g', que foi o melhor que ouvi neste ano.

Faça como os caras, abra a bag, toque o disco, feche a bag e espere o próximo.






quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Starfire Connective Sound "The Sound Also Rises EP" e "Self-Titled EP" (2011)

"The Sound Also Rises EP" (2011)
01 Drive The Breeze
02 The Girl With A Country Name
03 The Sound Also Rises
04 Acid Morning Ride
05 To Dream That You Are Floating Drunk Among The Storm
06 No Horse Heaven
07 Head Full Of Ghosts, Heart Full Of Whores
08 Drive The Breeze (Echo Vocal Mix) Bonus Track


"Starfire Connective Sound EP" (2011)
01 I Sweep The Streets Without Finding God
02 They Call Her One Eye
03 This Modern Cave
04 Electric Whore
05 Love Is A Lonely  Ghost Floating Inside
06 Walt Whitman's Brain
07 Starfire Connective Sound




Dead Skeletons "Dead Magick" (2011)

Menções a temas como ocultismo e esoterismo. psicotrópicos, morte e espiritualismo são alguns dos pontos centrais que emanam diretamente na obra de estréia deste quarteto formado na capital islandesa, Reykjavik por Nonni Dead, Henrik Björnsson e Ryan Carlson Van Kriedt. Surgidos sob os mesmos ares gélidos de algumas das bandas mais geniais, piradas e inovadoras da história como The Sugarcubes, Björk, Sigur Rós, Go Go Darkness e Singapore Sling o Dead Skeletons não deixa seu nome para trás com seu debut intitulado Dead Magick e surge com uma obra digna de qualquer lista de melhores do ano ao fundir lisergicamente seu groove psicodélico com tons dark e neo-góticos em 12 canções carregadas de mistério e experimentalismo. Druggy music ao melhor estilo do legado deixado por Anton Newcomble e seu The Brian Jonestown Massacre com influências diretas de Suicide dando novos ares ao futuro da música psicodélica onde o tema central passa a ser a morte e os sintetizadores e guitarras regem o clima perturbador nesta pérola alucinógena que certamente deverá ser mantida como um divisor de águas na história da nova música alternativa e underground mundial. Um disco essencial do início ao fim!!!