terça-feira, 30 de agosto de 2011

The Nocturnes "Aokigahara" (2011)

"Aokigahara" é o primeiro Full Lengh desta banda formada em Los Angeles no ano de 2007 por Emma Ruth Randle, Julian Rifkin, Paris Patt e Dave Clifford. A combinação de elementos shoegaze, folk, sadcore, post-rock e chamber pop em tons góticos e soundscapes tênues são exercidas de forma mágica na estréia deste quarteto que exala melodias reverberadas, guitarras atmosféricas e harmonias super bem estruturadas. Vale lembrar que Emma e Dave também fazem parte da bacana Red Sparowes, banda instrumental/post-rock formada na mesma cidade onde o The Nocturnes surgiu. Sem mais delongas deixo-lhes "Aokigahara" e suas oito pérolas que parecem ter sido tecidas para alguma soundtrack de sonhos e divagações, uma obra e tanto para para refletir nestes dias onde a chuva parece deixar os dias mais longos, cinzentos e introspectivos, assim como a sonoridade remetida pelo The Nocturnes. Obrigatório!!!



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hierofante Púrpura "Transe Só" (2011)

É fato que poucas bandas brasileiras venham a me surpreender com suas letras quando executadas em português e o Hierofante Púrpura encabeça esta pequena lista junto com Lê Almeida, Bela Infanta e Viana Moog. "Transe Só" é o fechamento de um ciclo envolvendo o lançamento do primeiro disco cheio deste trio de Mogi Das Cruzes/SP formado por Danilo Sevali, Gabriel Mattos e Diogo Menichelli no ano de 2005 e que em 2009 deu início a esta trilogia maravilhosa antecedida pelos EPs "Adubado", de 2009 e "Crise De Creize", também de 2009. O caldeirão de semelhanças ficam a encargo de Pavement, Arnaldo Baptista, Yo La Tengo, Fugazi e tantos outros nomes maravilhosos que com sua parcela de influência acentuam a sonoridade do trio que passeia lisergicamente pelo alt/rock noventista com doses irreversíveis de psicodelia e uma pequena parcela de tropicalismo, e tudo isso orquestrado em meio a vocais esganiçados, instrumentais ácidos e pungentes e letras com um lirismo embriagado desconcertantes. Em uma época onde uma grande parcela das bandas fazem o impossível para seguir as tendências e alcançar seu lugar ao sol e os holofotes que acercam os meios radiofônicos e virtuais a Hierofante Púrpura deixa de lado esta pretensão, digamos que efêmera para dar vazão as suas ideias primais e exercer com total veemência e ardor este verdadeiro liquidificador sonoro por onde são extraídas suas canções colocando-os ao topo das bandas mais expressivas e honestas artisticamente em território brasileiro. "Transe Só" e suas 12 pérolas chapantes é um lançamento em conjunto entre os selos independentes Popfuzz Records e Transfusão Noise Records e um misto de qualidade, poesia e psicodelia como poucas bandas são capazes de tecer. Uma obra viciante e obrigatória do início ao fim!!!


       

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pavement "Perfect Sound Forever" (1991)


  1. "Heckler Spray"
  2. "From Now On"
  3. "Angel Carver Blues/Mellow Jazz Docent"
  4. "Drive by Fader"
  5. "Debris Slide"
  6. "Home"
  7. "Krell Vid-User"

Boa noite, pessoal! Esse é meu primeiro post como colaborador do blog, e eu sou o vulgarmente conhecido como nando, e já que eu não sou um cara muito exagerado vou começar com um post bem pequeno, de um ep muito cru, lançado em 91 pela minha banda favorita, o Pavement.

Perfect Sound Forever foi o último de uma sequência de ep's lançados pela banda antes da estréia fenomenal do Slanted & Enchanted, e é um disco um pouco diferente, principalmente pelo peso das guitarras e melodias muito mais cruas. O engraçado é que após o sucesso do disco de estreia a DragCityRecords, que lançou os 3 primeiros ep's do PVMT os relançou em uma compilação (Westing...), e ganhou muita grana sem deixar um centavo pra turma do Malkmus...

Enfim, ainda que não lapidadas, todas as características do PVMT estão aqui, como as microfonias à la Lou Reed, a tosquíssima bateria de Gary Young, o estilo displicente de cantar do Malkmus e suas letras indecifráveis, e o sempre 'melhor do mundo' Bob Nastanovich com seus berros como marca registrada.

Um disco que me influencia até hoje, essa é a minha recomendação de estreia!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Brazilian Noisy Poetry Makers "Vol. 3" (2011)

01 "Hiding From The Sun" Planant
02 "Better Than Us" The Voltage
03 "Morning Off (Exit 1)" Drama Beat
04 "Hot Fantasy" Carne de Monstro
05 "About Kings And Queens II" The Sorry Shop
06 "Are You Scared To Get Happy ?" Pale Sunday
07 "Half-less Love" Seamus
08 "Black Grass" AMP
09 "Amor as Putas" Iansã
10 "Everything You Think So Fun" Duyi
11 "Before" Twin Cities
12 "Unimpressed" Driving Music
13 "Curves & Curses" Fragile Arm
14 "Kostroma" Avec Silenzi
15 "Príncipe" Búfalo
16 "Anymore" Where I Belong
17 "Black Snake Rock" Orange Disaster
18 "Anne & Frank" Churrus
19 "Bells" A Red So Deep
20 "Depressurization" Escarlatina Obsessiva
21 "Don't Mess With My Heart" Mess
22 "Burst" DJ6
23 "Angelica Bela" My MIDI Valentine
24 "I Walked All Over You" Marfusha
25 "Living Room" Superbug
26 "Modern Kidnapper" The Vain
27 "Space And Time" Beatsick Sailors
28 "Hitler Hairdo Attacks!" Serotonina
29 "Sugar Pie" Super Amarelo
30 "Loxhanxha" Dorgas
31 "Para Onde Apontam Seus Móveis" Tape Disaster
32 "Not About You" Modern Walls








sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Búfalo "Too Young To Think Of Dying EP" (2011)

01 Príncipe
02 Hanna
03 Remorso
04 Pacto
05 Sincero
06 Promessa

Santa Catarina é um dos estados brasileiros com menor rotação e produção de música alternativa dentro do país e isto não é nenhuma novidade para pessoas antenadas no assunto em questão. Mas isto não serve como regra e esta dupla de Balneário Camboriú surge para nos provar que às vezes menos e mais, nos brindando com um dos melhores trabalhos do ano, seu EP de estréia "Too Young To Think Of Dying", uma pequena pérola e seus quase quinze minutos de introspecções e canções tênues tendo com o oceano seu plano de fundo constante. O duo chamado Búfalo surgiu entre a parceria de Felipe Mattos e Renan Pamplona através de projeto post-rock intitulado Nvblado, como uma alternativa para a criação de canções menos carregadas e detalhistas e expor sua verve lo-fi inspirada em nomes como Wavves e Sleep Party People. ""Too Young To Think Of Dying", o primeiro trabalho da banda e suas seis canções assolam o universo intimista dos dois jovens músicos onde beleza e tristeza fundem-se de forma única, criando soundscapes simples porém densas onde as referências diretas com chillwave e o sad-rock seguem como estrutura a obra. Certamente uma das mais belas surpresas de 2011 e mais um disco obrigatório no universo dos bons sons!