domingo, 31 de janeiro de 2010

Band Of Susans "Love Agenda" (1989)

Segundo álbum desta fodástica banda formada no ano de 1986 em Nova York. A formação da banda neste álbum conta com Robert Poss: guitarra, vocais, Susan Stenger: baixo, vocais, Page Hamilton, (o mesmo do Helmet): guitarra, backing vocal, lead vocal em "It's Locked Away", Karen haglöf: guitarra, backing vocals e Ron Spitzer: bateria. Durante sua existência a banda sofreu várias alterações em sua formação, geralmente envolvendo guitarristas. Os únicos membros que permaneceriam juntos a formação original até o fim seriam Poss, Stenger e Spitzer. Suas canções são caracterizadas pela enorme parede de feedback de suas guitarras sempre caóticas e extremamente estridentes. Isso rendeu comparações e assimilações ao movimento shoegazer, apesar de estarem mais para a os contemporâneos da cena no wave que assolava Nova York. Em suas apresentações o volume dos instrumentos também era algo notável, pois a intenção da banda era mostrar o mesmo impacto da gravação de seus LPs. Apesar das tendências experimentais e noise, Poss era um devoto dos Rolling Stones e a banda demonstra isso em uma versão matadora para "Child Of The Moon". Noise-rock-shoegazer-indie-alternative-experimental como poucos fizeram de forma tão perfeita. Nota 10 para uma das melhores bandas de todos os tempos.

Live Skull "Bringing HomeThe Bait" (1985)

Mergulhando de cabeça em uma das cenas mais bacanas e catatônicas que já existiram, a "no wave" me deparei com essa porrada sonora chamada Live Skull. Formada em Nova York no ano de 1983 por Mark C., Tom Paine, James Lo e Marnie Greenholz, o Live Skull viria a tornar-se um clássico underground bastante obscuro, diferentemente das bandas contemporâneas da mesma cena que alcançaram certa notoriedade como Sonic Youth, Swans, Teenage Jesus & Jerks, Band Of Susans e Mars. Há uma atmosfera sombria que perambula em suas melodias, pessimismo e noise-rock com dosagens de post-punk e guitarras angulares criando paisagens de pura angústia. Houve uma mudança de integrantes notável durante a existência da banda, Thalia Zedek se juntou a banda em 1987 se encarregando dos vocais que até então eram compartilhados por praticamente todos os membros. Com o encerramento das atividades do Live Skull, Thalia viria a se juntar ao fantástico Come ( já postado em nossas páginas). A banda optou pela separação em 1990 após a falta de êxito comercial, mas deixaram-nos ótimos registros de sua amarga e brilhante parceria. Este é seu debut e contém pérolas incendiárias como "Sparky", "Brains Big Enough", "Glee Product", "Four", "Skin Job" e "flake Out". Aterrador e cavernoso até o talo...

sábado, 30 de janeiro de 2010

Come "Eleven: Eleven" (1992)

Debut lançado em 1992 pela Matador desta intensa banda vinda de Boston e formada em 1990 por Thalia Zedek (vocais, guitarra), Chris Brokaw (guitarra, vocal), Arthur Johnson (bateria) e Sean O'Brien (baixo). Suas canções são repletas de angústia, vocais tocantes e guitarras dopadas e arrastadas. Ótimo registro perdido nos intermináveis anos 90, década de muita música boa e bandas perfeitas. Há uma certa dosagem da sonoridade grunge feita na época, mas nada em excesso. A banda encerrou suas atividades em 2001 mas fica essa preciosidade repleta de canções memoráveis e letras amargas. Destaque para "Submerge", "Dead Molly", "Sad Eyes", "Orbit" e "I Got The Blues".  Não recomendado para pessoas com tendências suicidas...


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Girls Against Boys "Tropic Of Scorpio" (1992)

Debut da banda que iniciou suas atividades no ano de 1988, em Washington, DC e que mais tarde mudou-se para Nova York. Inicialmente a banda foi formada como um projeto paralelo entre Eli Janney e o baterista do Fugazi, Brendan Canty. Canty deixou a banda em 91 e Eli em seguida recrutou três ex-membros de uma banda de hardcore-punk chamada Soulside, Scott McCloud, Johnny Temple e Alexis Fleisig. Um fato interessante e peculiar no Girls Against Boys é o uso de dois baixos em sua formação, algo meio incomum de ser visto atualmente na maioria das bandas. Noiserock-indie-post-hardcore de primeira fazem deste debut um disco maravilhosamente bem feito e também necessário em sua coleção. Aconselhadíssimo, ótimo registro do quarteto. Barulho essencial.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

The Jon Spencer Blues Explosion "Now I Got Worry" (1996)


E novamente o mestre do caos-punk-blues e das canções psicóticas visita nossas páginas com um de seus melhores trabalhos, intitulado "Now I Got Worry" e lançado em 1996. Jon Spencer, juntamente com Judan Bauer e Russel Simins já estiveram em nossas postagens anteriormente com o também clássico e barulhento "Orange", gravado em 1994. Através de outro projeto de Jon Spencer, intitulado Boss Hog, um de seus LPs também ja apareceu por aqui, o fundamental segundo álbum da banda chamado "Boss Hog". Jon Spencer é um dos caras mais fodas e geniais deste planeta, seja ao lado do energético Blues Explosion, do pornográfico Boss Hog ou no lendário e seminal Pussy Galore. É impressionante a energia e insanidade contida em suas músicas, canções inflamáveis e piradas do início ao fim. Surrealismo puro e garageiro como poucos sabem fazer.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Wire "Pink Flag" (1977)


Banda seminal, estridente, foda e bombástica formada em Londres no mês de outubro de 1976 por Colin Newman (vocais, guitarras), Graham Lewis (baixo, vocais), Bruce Gilbert (guitarra) e Robert Gotobed (bateria). Surgidos no meio da cena punk do Reino Unido, rapidamente o Wire ganhou o título de uma das bandas mais importantes da década de 70 e 80, não só expandindo os limites sonoros do punk-rock mais da sonoridade rock em geral, conforme o crítico Stewart Mason os descreveu. Este é o debut do quarteto, e considerado o mais punk e cru de sua discografia. Pelo que me consta até o momento a banda ainda está na ativa e lançou em 2008 um disco de inéditas intitulado "Object 47". Com influências que vão de Ramones, Velvet Underground, Brian Eno até Marcel Duchamp, este é um discaço obrigatório e perfeito, energia pura regada a punk e post-punk de primeira. Extremamente fundamental. Clássico absoluto.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

The Modern Lovers "Self Titled" (1976)


Banda de Massachusetts formada por Jonathan Richman, Ernie Brooks, David Robinson (o mesmo do The Cars) e Jerry Harrison (o mesmo do Talking Heads) no início dos anos 70. O The Modern Lovers existiu de fato até o ano de 1974, tendo o nome usado posteriormente por Richman para uma variedade de bandas de apoio a sua carreira. Este é o debut da banda e um clássico absoluto e inovador, sendo responsável por grande influência para bandas punk, new-wave, aternativas e indie das décadas seguintes. Há uma grande parcela de inspiração na sonoridade do Velvet Underground, banda idolatrada por Richman. Seu som é uma mistura genial de proto-punk e garage-rock simplesmente das mais fodas deste mundo. Som único, vibrante e   dos melhores já feitos na década de 70. Banda fundamental e necessária. Duvido você não se render a pérolas como "Roadrunner", "Astral Plane", Old World", "Pablo Picasso", "I'm Straight", "She Cracked". Genial é pouco para esta maravilha. Nota 10...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Can "Tago Mago" (1971)


Banda de rock experimental formada em 1968, em Cologne na Alemanha Ocidental.O Can foi uma das primeiras e também uma das mais importantes bandas no movimento Krautrock. Inspiradíssimos no garage rock da época e com alta influência do Velvet Underground, sempre com os dois pés fincados no experimentalismo e beirando a psicodelia de forma magistral. Extremamente inovador para a época, "Tago Mago" é seu terceiro LP e por muitos considerado o ápice da banda. Sua música sempre criada em meio a muita improvisação coletiva e espontânea serviu de influência para grande parte da cena oitentista post-punk, inpirando nomes como Suicide, The Fall, Joy Division, Talking Heads, Primal Scream entre muitos outros. Este sem dúvida é um disco obrigatório e um dos melhores produzidos na década de 70. Banda seminal, inigualável, foda, original pra caralho e entorpecente...sete canções absurdamente geniais.Nota 10 sem dó nem piedade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Space Rave "Noise Star" (2004)


Letras lisérgicas, guitarras esquizofrênicas, demência, alucinações elétricas, psicodelia e belas canções psicóticas... Formada em outubro de 1993 em Porto Alegre pelo casal mais cool e junky da capital gaúcha,Eduardo Normann e Mariana Kircher a Space Rave destila todo seu veneno entre influências que vão de Sonic Youth, Primal Scream, Velvet Underground, Stooges, David Bowie, até de bandas electrorock como Le Tigre, Ladytron e Vive La Fête. A banda já é figurinha conhecida dos doidos de plantão da região metropolitana de Porto e das cidades vizinhas, sendo uma das bandas mais cultuadas do cenário underground gaúcho assim como a Viana Moog (já postado em nossas páginas) e a fodástica Damn Laser Vampires. Além da Space Rave, o casal é responsável por mais um bando de bandas paralelas, verdadeiros petardos sonoros: Planondas, Autobahn, Dirty e a mais recente Chiclé Demência, e também participação em várias trilhas sonoras de produções cinematográficas realizadas em Porto Alegre. Ouça a psicodelia circense intitulada "James Clown", a garageira "Baby Faça", a bossa lisérsica "Pela Luz Do Sol", a estridente e ensolarada "I Want You" e a assombrosa e extremamente ensurdecedora "Stop To Run" e surte...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

The Smiths "Meat Is Murder" (1985)


Aclamado segundo disco desta importantíssima banda inglesa vinda de Manchester que viria a permanecer juntos de 1982 a 1987. Em sua clássica formação constavam Andrew Rourke (baixo), Morrissey (vocais, letras), Johnny Marr (guitarra, teclado, baixo) e Mike Joyce (bateria). Com um propósito diferente de bandas da mesma época que adotavam nomes complicados e pomposos e visuais espalhafatosos, os Smiths contrariaram todo este rumo que estava sendo tomado, enfatizando a simplicidade de suas melodias baseadas na guitarra de Marr, nos vocais anasalados e perfeitos de Morrissey e em suas composições sempre beirando a perfeição. The Smiths foi escola pra muita gente e ainda continua a conquistar fãs. Quem nunca ouviu "How Soon Is Now" em alguma pista de dança e se acabou de tanto dançar??? "Meat Is Murder" é um clássico absoluto e o Smiths, uma das banda mais fantásticas e honestas que já existiram. Simplicidade poética encantadora.

The Charlottes "LoveHappy" (1989)


Banda inglesa formada em 1988 por Roddis Petra (voz), Garham Gargiulo (guitarra), Andrew Wade (baixo) e Simon Scott (bateria). Este é o debut da banda que conta com apenas dois discos de estúdio em sua curta trajetória, sendo o segundo intitulado "Things Come Apart" do ano de 1991, ano em que o quarteto encerrou suas atividades. Noise pop, shoegaze e indie de forma meio acelerada e com uma certa doçura apesar das guitarras bastante ruidosas e da bateria meia caótica as vezes. Ótimo registro desta banda pouca conhecida ainda por aqui, mas de uma beleza singular e urgência sensacional. "Are You Happy Now", "Cold", "Stubborn" e "Everything To Me" foram feitas pra sair pulando pela casa depois de ouví-las...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

The Seeds "Self Titled" (1966)


Banda formada em Los Angeles, Califórnia no ano de 1965 por Sky Saxon, Daryl Hooper, Jan Savage, Jeremy Levine e Rick Andridge. Apesar de seu sucesso ter ficado mais evidente através da canção "Pushin 'Too Hard", seu trabalho em um todo é aplausível sem exceção alguma, pelo menos seus dois primeiros LPs tornaram-se clássicos fundamentais e absolutos para a história musical. Neste debut dos caras sacamos a energia bruta e abrasiva, letras simples e repetitivas, sendo muitas vezes associados como um dos pioneiros do punk-rock, eles mais do qualquer outra banda mostraram a verdadeira essência do garage rock com sua psicodelia ácida, vocais uivados e riffs com uma simplicidade contagiante. Ouça "Evil Hoodoo", "No Escape", "Can't Seem To Make You Mine", "Nobody Spoil My Fun" além da clássica é claro " Pushin' Too Hard" em volume super máximo pra sacar da fodástica banda que eu estou falando...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Serena Maneesh "Self Titled" (2005)



Debut deste quinteto fodido vindo de Oslo, Noruega que une o wall of sound de bandas como My Bloody Valentine e The Jesus And Mary Chain e as afinações peculiares a la Sonic Youth e Frank Zappa como fontes de inspiração, além de Amon Düül, Swervedriver, Velvet Underground e Antônio Carlos Jobim. E o resultado é dos melhores possíveis, vocais angelicais sussurrados em meio a um turbilhão ezquizofrênico, dissonante e alucinógeno de guitarras mágicas e instrumentos entorpecidos. A banda foi formada em 1999 por Emil Nikolaisen e este é o único LP lançado até agora, a previsão do próximo disco está agendada para março deste ano e com certeza estamos aguardando anciosamente. Indie-rock, noise-rock, noise-pop e shoegaze dos melhores. Uma das bandas mais fodas deste mundo e disco isto de boca cheia...nota 10 sempre...


domingo, 10 de janeiro de 2010

The Horrors "Strange House" (2007)


Debut formidável deste quinteto de Southend, Inglaterra formado em 2005 e inspiradíssimo pelo do rock sujo das bandas de garagem dos anos 60 tipo Trashmen e The Sonics, e do psychobilly clássico do The Cramps. Apesar de ser acusado de hype por muitos críticos e não críticos no meio musical e também da mudança bastante notável que aparece no seu segundo disco "Primary Colours", a banda continua foda e este álbum é magistral e visceral do início ao fim. Visualmente inspirados por filmes de terror, e pela estética punk-gótica, há uma energia fodida em suas canções, beirando a violência e cultuando as coisas feias e sujas que as vezes acobertamos. Ouça "Jack the Ripper", "Gloves", "She Is the New Thing" e "Sheena Is a Parasite" e tente ficar imóvel,duvido que consiga. Esta é uma das bandas novas mais fodas que já ouvi e em breve postarei seu segundo álbum, com certeza um dos melhores de 2009. Vida longa ao Horrors...

The Lilys "Eccsame the Photon Band" (1994)


Formada em 1988 em  Washington, DC por Kurt Heasley, único membro constante da banda, que a cada álbum  recruta um novo line-up, tendo passado mais de 72 músicos durante sua história. O Lilys  tem várias de suas canções usadas em anúncios de televisão, e o maior hit da banda foi uma delas, "A Nanny In Manhattan", que atingiu # 16 no Reino Unido depois de ser usada em um anúncio da Levi's. O nome da banda surgiu em inspiração a um dos seguidores do cultuado Charles Manson, Trip Lily. A sonoridade da banda  mudou de estilo várias vezes em sua história, sendo altamente influenciados pelo My Bloody Valentine no início. Em seguida, seguiram a linha do dream pop antes de se estabelecer em um novo estilo que tem sido descrito como mod revival e uma influência particularmente forte de The Kinks e outras bandas como The Monkees e The Zombies. Este é um dos melhores álbuns da banda sem dúvida alguma e a foi extremamente aclamado pela crítica, pendendo mais para o dream pop porém sempre com certa influência do shoegaze. Tem sido uma experiência altamente alucinógena e relaxante ouví-los, é de uma delicadeza anestesiante. Saca só o que disse Andrew Unterberger da Stylus Magazine sobre a banda e particularmente sobre este álbum: " uma obra-prima do humor, da atmosfera e da produção. ". Acho que não preciso dizer mais nada, preciso?


Kim Salmon And The Surrealists "Just Because You Can't See It ... Doesn't Mean It Isn't There"


Kim Salmon And The Surrealists foi um projeto paralelo do frontman do The Scientists, Kim Salmon, também ex-The Beasts Of Bourbon. A primeira formação dos Surrealists, em meados de 1987, contava com Brian Hooper no baixo e Pola Tony na bateria, e Kim Salmon na guitarra e vocais. Este é o segundo dos cinco LPs lançados pela banda e é da Australia que surge esta pérola obrigatória entre nós, uma fusão de The Bad Seeds, Garage, Lo-Fi e Noise-Rock feitas de forma inigualável e com extrema urgência e maestria, se você já ouviu o som seminal dos Scientists você sabe do que estou falando. Para fãs de Mudhoney, The Fall, The Scientists, The Bad Seeds e The Birthday Party este será sem dúvida um prato cheio, canções bêbadas inspiradíssimas com um pé no Post-Punk mas feitas de forma mais crua e urgente. Necessário...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

The G "Hold My Gold" (2009)


Debut  lançado no ano passado pela Shdwply Records desta banda ainda pouco difundida por nossos meios, mas bastante interessante. Evocando algumas vezes a sonoridade de bandas como Unwound, Hum, Dinosaur Jr. e outrora soando como uma fusão entre Nirvana e Superchunk, o The G é competente no que faz, muitas vezes parecendo ser uma banda saída diretamente dos anos 90. Lo-fi, experimental pop, indie e muitos riffs sujos são características íntimas desta boa obra ainda quente por aqui. Pois bem, a banda surgiu
em Austin, Texas no verão de 2008 e é formada por Doug Foulk, Patrick Troxell, Pete Joe Urban e Anna DiCicco no que me consta até o momento. Se alguém tiver informações mais precisas sobre este quarteto, por favor não hesite em entrar em contato. Boa audição a todos.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

The Fall "The unutterable" (2000)


Pois bem, de volta a realidade e deixando de lado as loucuras absurdas e porres homéricos do verão volto ao Sussurros e Escarros deste ano com mais uma das provas que o sr. Mark E. Smith foi e continua sendo uma das mentes mais privilegiadas e brilhantes destas últimas décadas. Apesar de mais de 26 LPs lançados desde sua estréia no ano de 1976 em Manchester, e da constante troca de integrantes na banda, este disco lançado no início de 2000 é um dos discos mais fodidos desta década sem dúvida alguma, talento nato deste gênio que já ultrapassa os 50 e que ainda transpira ironia, poesia e insanidade em meio a canções caóticas e seus vocais anasalados. Apesar de sua compulsividade em matéria de criação e gravação de novos materiais, sua genialidade ainda parece meio ofuscada por estas terras, sendo uma banda pouco conhecida por quem não é bem chegado ao post-punk e as excentricidades underground. Esta já é a terceira vez que eles perambulam por nossas páginas, anteriormente com os essenciais álbuns "Live At The Witch Trials" de 1979 e o fodástico "Bend Sinister" de 1986. Pois bem, fica então mais esta dica e esse disco foda pra caralho pra vocês se deliciarem.